New York Times traz perfil impecável de Bolsonaro e o compara a Trump
Os perfis dos suspeitos habituais se sucedem na imprensa internacional. O Brasil está quente. Publicações influentes explicam quem é Dilma, Michel Temer, Eduardo Cunha e Sérgio Moro. No domingo, em alto de página foi a vez do deputado Jair Bolsonaro, no New York Times.
Ele é definido como a estrela conservadora que com seus opiniões controvertidas tira proveito do descontentamento com o que está aí no Brasil. Obviamente, no texto existem as alusões a Donald Trump e o leitor estrangeiro fará o paralelo de forma instantânea entre as duas figuras.
Como estou falando para os ouvintes da Jovem Pan, em geral familiarizados com o prontuário de Bolsonaro, não vou repetir os detalhes da reportagem do New York Times. Acho interessante tomar nota de alguns pontos.
O jornal observa que vários dos insultos e ácidas declarações de Bolsonaro em alguns lugares detonariam a carreira de um político, mas como no caso de Trump servem de trampolim para um salto mais ambicioso. E como diz o New York Times, Bolsonaro está de olho na presidência em 2018.
O New York Times lembra que Bolsonaro está na praça despejando sua retórica desde os anos 90, mas agora é embalado pela fúria dos protestos contra o lulopetismo e também contra a oposição mais convencional ou que podemos chamar mais centrista. E aí são feitos os paralelos com o fenômeno Trump, ou seja, existe um eleitorado desencantado e ressentido. Aventureiros estão faturando neste clima.
O New York Times observa que democracia é um conceito flexível para Bolsonaro, pois ele se recusa a descrever a ditadura militar implantada com o golpe de 64 como uma ditadura militar, insistindo que foi uma revolução. Sem hesitar, Bolsonaro termina entrevista ao New York Times dizendo que o ditador Emilio Garrastazu Médici é o brasileiro que ele mais admira.
Em uma nota pessoal, no domingo eu comentei no meu Twitter e Facebook esta reportagem do New Tork Times e senti o impacto, no fogo cruzado de comentários sobre o deputado. Eu disse que a reportagem era boa e equilibrada, Os adeptos de Bolsonaro variaram nas críticas, do deboche ao insulto mais vulgar.
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