Noite de terça vai mostrar quem vai emergir do mar de lama: Hillary ou Trump

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan
  • 05/11/2016 11h42
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Hillary Clinton e Donald Trump durante segundo debate eleitoral nos EUA

EFE/EPA/ANDREW GOMBERT Hillary Clinton e Donald Trump durante segundo debate eleitoral nos EUA - EFE

Está próxima do fim. Assim esperamos. A campanha presidencial americana de 2016 corresponde às expectativas: suja, brutal e mentirosa. Apenas aguardamos a noite de terça-feira (de novo, esperamos que não haja transtornos na apuração) para saber quem vai emergir do mar de lama. Hillary ou Trump?

O Washington Post não esperou para anunciar um vencedor: o Pinóquio-mor. Glenn Kessler, responsável pela checagem de fatos, fez as contas e concluiu que este ciclo eleitoral é recordista, o maior nariz. E, na verdade, sem surpresas na quantidade de mentiras ditas por Trump. Repetindo o que eu já falei: Hillary mente; Trump é alheio ao conceito de verdade e de mentira.

Trump colheu uma incrível quantidade do prêmio máximo, 4 Pinóquios. Foram 59 e assim ele superou todos os outros republicanos e democratas COMBINADOS nos últimos três anos. Na metodologia de Glenn Kessler, a média de Trump foi de 3,4. Para dar uma medida, no ciclo eleitoral de 2012, a campeã foi uma ex-deputada republicana muito doidinha, Michele Bachmann, que ficou com 3,08.

Na natação no mar de lama, Hillary termina com uma média de 2,2, com 24 prêmios 4 Pinóquios. Assim, ela está mesmo patamar de Barack Obama e Mitt Romney, o oponente republicano derrotado na eleição de 2012. Caso, Hillary não tivesse mentido tanto na controvérsia sobre seu servidor privado para e mails nos tempos em que era secretária de Estado, a candidata democrata estaria abaixo da média.

Trump desafia a imaginação. Disse que a taxa de desemprego nos EUA é de 42% (acaba de baixar para 4,9%), Alegou a existência de 92 milhões de desempregados, incluindo quem não quer trabalhar, aposentados e estudantes. Prometeu economizar US$ 300 bilhões de um programa de medicamentos que custa US$ 78 bilhões

Para mim, a mentira mais chocante foi Trump insistir que ele “viu” milhares de muçulmanos em New Jersey (do outro lado do rio Hudson) celebrando o colapso das torres do World Trade Center em 11 de setembro de 2001. Isto nunca, nunca, nunca aconteceu. 

Há o imenso resto, a destacar a pantomina que Barack Obama não nasceu nos EUA e que HIllary Clinton começou o movimento “birther”, ou seja, sobre a falsa certidão de nascimento do presidente.

O que sempre me impressiona é a quantidade de eleitores crentes que cabem no nariz de Trump. Uma triste verdade.

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