Nos Estados Unidos, petrolão não vai terminar em pizza

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 24/08/2015 10h57
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Divulgação/ Petrobras Fachada da Bolsa de Valores de Nova York durante capitalização da Petrobras em 2010

A ação coletiva movida por um grupo de acionistas estrangeiros contra a Petrobras deverá ser julgada até agosto de 2016 pela Corte de Justiça americana. E, pelo menos nos Estados Unidos, o Petrolão não vai terminar em pizza. É o que garante Jeremy Lieberman. O advogado defende investidores dos Estados Unidos, Reino Unido, Noruega e Dinamarca, que teriam sido prejudicados pela estatal brasileira graças ao esquema de propinas que beneficiou gestores da Petrobrás e irrigou os cofres do PT, PMDB e PP.

Matéria do jornal o Estado de São Paulo revelou que um grupo de investigadores norte-americanos esteve no Brasil para colher, junto à Operação Lava Jato, provas que possam embasar a ação coletiva que será julgada pela Suprema Corte de Nova Iorque.

Enquanto os investidores estrangeiros afirmam terem sido lesados pela Petrobras, que escondeu do mercado o esquema de corrupção na empresa, a estatal se diz vítima do Petrolão.

Para o advogado americano, a Petrobras e o governo brasileiro não são vítimas, mas cúmplices dos corruptos, uma vez que o esquema beneficiou a presidente Dilma Rousseff.

Segundo Lieberman, “os ex-diretores estavam dando subornos ao governo, o governo é o acionista majoritário e, portanto, o que é bom para o governo é bom para a empresa”.

Elementar, caro ouvinte.

O jeitinho brasileiro de driblar a verdade não deve funcionar na Corte americana. Lá em cima, a Justiça não é cega, não é burra, nem faz acordão.

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