Nota de 3 reais

  • Por Jovem Pan
  • 13/11/2014 12h45
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Vou continuar com o tema de meu comentário de ontem quando fiz menção ao problemático início de segundo mandato de Dilma Rousseff, em que a calmaria natural de quem venceu foi trocada pela turbulência, um caso único e incomum desde a redemocratização do país.

E vou ao ponto que me gera certa desconfiança acerca destes novos críticos do governo e da política econômica.

Refiro-me aos ministros demissionários Marta Suplicy e Gilberto Carvalho que deram a criticar a presidente Dilma e sua peculiar e temerária condução da economia.

É fato que a economia brasileira carece de uma política fiscal responsável, de técnicos mais competentes e de transparência. Mas carece disso tudo há muito tempo.

Os ministros têm saído atirando, num clássico caso de fogo amigo. E como faziam parte do governo, porque até outro dia defendiam este mesmo governo e pediam votos para a re-eleição de Dilma, seria este um caso de suicídio governamental?

A menos que revelem algo novo, dos bastidores do estilo Dilma de presidir que possa mudar o cenário da análise dando respostas concretas sobre a situação, a tentativa de ex-integrantes do governo de passarem a imagem de conclamadores da competência econômica e responsabilidade fiscal pós-eleição não pega.

O governo e o PT ou são governo ou são oposição.

A autossuficiência de ser pedra e vidraça ao mesmo tempo é igualzinha a uma nota de 3 reais. Não existe e quer enganar alguém.

 

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