Nova York: minha, sua, nossa cidade, não do terror

  • Por Estadão Conteúdo
  • 19/09/2016 09h10
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EFE Nova York

 Na semana passada, todos reavivaram a memória sobre a tragédia suprema de Nova York, o 11 de setembro. Fiz boletins e conversei na Jovem Pan sobre a barbárie terrorista de 15 anos atrás. No jargão jornalístico, bom assunto por ser data redonda. E terminei um dos boletins dizendo que o assunto seguramente estaria presente no meu trabalho no vigésimo aniversário dos atentados.

Que nada. Nada de esperar cinco anos. Foram suficientes cinco dias para voltar a falar de terror em Nova York com a explosão de sábado à noite no bairro de Chelsea.

Horas antes da explosão, eu circulava pela cidade, num sábado glorioso de final de verão, como naquela terça-feira, 11 de setembro de 2001. Que sábado! Com a cidade pulsante, muita gente nas ruas. Eu almocei com minha mulher e filha, sentados na calçada de um restaurante na Segunda Avenida.

Depois, eu fui sozinho a um cinema na Union Square, lotadíssima (mulher e filha foram às compras). O filme: Snowden, do Oliver Stone, sobre o vazador de informações secretas hoje asilado na Rússia de Putin, que ironia. E, lá pelas tantas, no filme, a observação do então chefe de Snowden de que os americanos prezam mais a segurança do que a liberdade.

Papo complicado, sempre difícil encontrar o equilíbrio. Voltei para casa, no subúrbio, por volta das 8 da noite e, logo depois, soube da explosão. Minha filha, que mora em Manhattan, estava jantando com amigos num restaurante perto do local da explosão. Saiu de lá cinco minutos antes.

Nova York é uma cidade ultravigiada (esquema Big Brother, viu, Mr. Snowden?). Ainda bem. Segurança total obviamente é impossível e, como lembrou o prefeito Bill de Blasio no domingo, Nova York é o alvo prioritário do terror global.  Mas a cidade é nossa, de quem mora nela e de quem a visita. Somos livres para amar Nova York e eu quero as câmaras nos vigiando, nos protegendo, eu e minha filha.

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