Número de acidentes aéreos no Brasil é absurdo

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2014 21h27
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Por que não é tão frequente a queda de aviões com políticos importantes candidatos a cargos de relevo no Brasil, uma vez que há tantos acidentes aéreos no Brasil?

Acompanhei com muito interesse a entrevista que José Wilbor, representante dos pilotos, deu à Jovem Pan. Ele disse que precisou morrer alguém importante para se chamar atenção para um fato. Eu não tenho essa esperança que ele tem. Nada disso vai resultar em alguma coisa positiva, mas a verdade é que ele tem razão em alguma coisa: é absurdo o índice de acidentes aéreos no Brasil e a Anac não tem funcionado a contento, a Anac é um cabide de empregos de políticos governistas que nada faz pra melhorar a aviação civil no Brasil. Ele citou muitos acidentes de aviação agrícola, de aviação de táxis aéreos, de aviões particulares e até mesmo de passageiros.

De fato, a morte de Eduardo inaugura num terreno federal, mas como lembrou o candidato a vice na chapa do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira, Kleriston Andrade , candidato de Antonio Carlos Magalhães morreu na campanha pro governo da Bahia num acidente de helicóptero. Antonio Carlos apoiou depois João Duval, que foi eleito.

A verdade é que eu fiquei chocado quando, ouvindo o noticiário da Pan, um repórter me informa que a Anac informa que o avião tem licença pra voar até 2017. Como é que eu tenho que ir anualmente ao Detran para fazer a necessária revisão do meu automóvel e um avião passa três anos para ser revisto. Não me venha dizer que tem mais acidente na terra do que no ar, porque isso não justifica e não explica coisa nenhuma.

É um absurdo que isso aconteça e seria de bom alvitre que a campanha levante esses temas. A Anac é uma das agências que foram aparelhadas e que fracassaram, no Brasil, na sua missão de proteger o contribuinte. Na verdade, ela não protege nem o passageiro.

Me desculpe a revolta, a revolta pela morte de Eduardo Campos é muito grande, estou muito emocionado com ela, mas essa é a verdade. Nós precisamos enfrentar essa verdade e dar uma resposta a José Wilbor, reduzindo a incompetência da Anac e, em consequência, o número de acidentes com mortes porque quem estar no ar…. É como diz, dizia Ariano Suassuna, “no ar não há oficina e, na verdade, o avião voa sobre um buraco”.

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