O aniversário do líder de um país morto-vivo
Como eu não vivo em Zimbábue, não é perigoso e posso me dar ao luxo de ser politicamente incorreto. Não vou desejar feliz aniversário nesta terça-feira a Robert Mugabe. O tirano do miserável país africano (exceto para a corte) está completando 93 aninhos de vida. Não sei se adianta desejar que não tenha muitos anos de vida.
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O déspota sonha em viver um centenário e governar para sempre. Na semana passada, Grace, a nada graciosa primeira dama disse que o maridão deveria concorrer como “um cadáver” caso morra antes da “eleição” presidencial do ano que vem.
Grace Mugabe acusou gente do partido governamental de tramar contra o déspota. Ele manda em Zimbábue desde 1980, com o fim do regime de minoria branca, que era irmãozinho do apartheid sul-africano.
Pena que a infame Rodésia tenha se transformado em Mugabelândia. Grace Mugabe, de 51 anos, era secretária e amante do tirano quando ele era casado com a primeira mulher e somente depois da sua morte em 1992 houve o segundo casamento, já com dois filhos.
Os acólitos chamam a primeira-dama de Amai (mâe da nação) ou Amazing Grace, enquanto os oponentes a apelidaram de Dis-grace e Gucci Grace, devido a seus hábitos consumistas. Ela, é claro, também é avida pelo poder. De certa forma, Grace já governa antes do enterro do cadáver presidencial e assim que Robert Mugabe partir, ela pretende formalizar o fato. Tudo vai depender das intrigas palacianas.
Com o regime Mugabe, Zimbábue é um país morto-vivo.
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