O aniversário do líder de um país morto-vivo

  • Por Caio Blinder/Jovem Pan Nova Iorque
  • 21/02/2017 07h55
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President of Zimbabwe Robert Mugabe listens as Prof. Alpha Oumar Konare, chairman of the Commission of the African Union, addresses attendees at the opening ceremony of the 10th Ordinary Session of the Assembly during the African Union Summit in Addis Ab aba, Ethiopia, Jan. 31, 2008. (U.S. Air Force photo by Tech. Sgt. Jeremy Lock) (Released) Jeremy Lock (USAF) | Wikimedia Commons Robert Mugabe

Como eu não vivo em Zimbábue, não é perigoso e posso me dar ao luxo de ser politicamente incorreto. Não vou desejar feliz aniversário nesta terça-feira a Robert Mugabe. O tirano do miserável país africano (exceto para a corte) está completando 93 aninhos de vida. Não sei se adianta desejar que não tenha muitos anos de vida.

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O déspota sonha em viver um centenário e governar para sempre. Na semana passada, Grace, a nada graciosa primeira dama disse que o maridão deveria concorrer como “um cadáver” caso morra antes da “eleição” presidencial do ano que vem.

Grace Mugabe acusou gente do partido governamental de tramar contra o déspota. Ele manda em Zimbábue desde 1980, com o fim do regime de minoria branca, que era irmãozinho do apartheid sul-africano.

Pena que a infame Rodésia tenha se transformado em Mugabelândia. Grace Mugabe, de 51 anos, era secretária e amante do tirano quando ele era casado com a primeira mulher e somente depois da sua morte em 1992 houve o segundo casamento, já com dois filhos.

Os acólitos chamam a primeira-dama de Amai (mâe da nação) ou Amazing Grace, enquanto os oponentes a apelidaram de Dis-grace e Gucci Grace, devido a seus hábitos consumistas. Ela, é claro, também é avida pelo poder. De certa forma, Grace já governa antes do enterro do cadáver presidencial e assim que Robert Mugabe partir, ela pretende formalizar o fato. Tudo vai depender das intrigas palacianas.

Com o regime Mugabe, Zimbábue é um país morto-vivo.

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