O clamor pela libertação de blogueiro condenado na Arábia Saudita continua

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2015 11h20
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Campanha infatigávelde Ensaf Haidar pela libertação do marido condenado a 10 anos de prisão e mil chibatadas; na foto EFE/EPA/ARNO BURGI Campanha infatigávelde Ensaf Haidar pela libertação do marido condenado a 10 anos de prisão e mil chibatadas; na foto

O xiita Irã e a sunita Arábia Saudita disputam a hegemonia no Oriente Médio. Ambos têm também hegemonia na violação dos direitos humanos.

Nesta semana, já fiz um boletim aqui na Jovem Pan denunciando a Justiça da revolução xiita, que pode condenar a até 20 anos de prisão o jornalista Jason Rezaian, em uma farsa judicial na qual ele é acusado de espionagem a favor EUA. Hoje é dia de denunciar o atroz sistema judicial do fundamentalismo islâmico saudita.

O blogueiro saudita Raif Badawi foi condenado a mil chibatadas e a 10 anos de prisão pelo crime de livre pensar. Sua mulher Ensaf Haidar, que vive com os três filhos no Canadá, onde receberam status de refugiados, está circulando pela Europa como parte de uma campanha pela libertação do marido aprisionado. Ela implora para que os governos europeus façam algo mais do que protocolares declarações de lamento e que pressionem efetivamente o regime saudita pela libertação de Raif Badawi.

Ele foi preso em junho de 2012 por criticar os clérigos fundamentalistas no seu blog e submetido em janeiro, em praça pública na cidade de Jeddah, às primeiras 50 chibatadas que fazem parte de sua sentença . O governo saudita adiou o resto das chibatadas, reconhecendo o precário estado de saúde do condenado e a Corte Suprema do país examina o caso. No entanto, Ensaf Haidar diz que não recebeu até agora notícias positivas das autoridades. E neste giro europeu, ela denuncia que as condições de saúde do marido que tem 31 anos de idade estão se agravando.

No geral, tudo está se agravando na Arábia Saudita. O rei Salman, que subiu ao trono em janeiro, empreende uma campanha mais vigorosa contra o Irã nos vários conflitos do Oriente Médio, inclusive com mais apoio a grupos jihadistas, que combatem tanto a ditadura de Bashar Assad (sustentada por Teerã), como os terroristas ensandecidos do Estado Islâmico. Dentro de casa, existe também mais vigor para que seja acatado fundamentalismo islâmico.

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