O Congresso está com a legitimidade comprometida; e o STF deve dar prazo
Está todo mundo atingido. Todas as instâncias do poder. Quase todos os poderes. O Judiciário sai menos chamuscado, mas é uma coisa generalizada.
O trabalho agora deve ser ver o que se pode atribuir a cada um nessa lista, para se atribuírem os devidos pesos. Não se fala em aliviar nada para ninguém. Mas quando se joga sobre 98 pessoas, as mais importantes do País, a pecha de que estão envolvidas em corrupção, passa-se a ter um risco de instabilidade emocional, porque as pessoas não vão mais confiar nas instituições e nos organismos políticos.
O Supremo tem de rapidamente anunciar ao País um planejamento, um cronograma, para dar conta desse trabalho: abrir esses inquéritos em um tempo razoável, dar a oportunidade de defesa a essas pessoas, o Ministério Público apresentar a denúncia sobre aqueles contra quais de fato há provas e ter um julgamento razoável.
Não podemos imaginar que, em um ritmo atual, o Supremo vai conseguir se desvencilhar desses 83 inquéritos contra mais de 95 pessoas em um tempo hábil. Não vai. Isso vai se estender por muitos mandatos pelo menos.
O Supremo tem que fazer um cronograma específico para isso.
Reforma?
Fica tudo comprometido o andamento das reformas. É inviável você imaginar que um Congresso com esse grau de comprometimento em corrupção tenha capacidade e legitimidade para analisar as reformas, que são essenciais e urgentes.
Os dois relatores das duas principais reformas estão na lista, assim como os dois presidentes das duas Casas. Os presidentes dos principais partidos estão citados na lista.
Todos os presidentes da República vivos estão citados na lista.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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