O crime é uma escolha, de ricos ou pobres, não uma imposição

  • Por Rachel Sheherazade/ JP
  • 28/05/2015 10h08
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RIO DE JANEIRO, RJ, 20.05.2015: VIOLÊNCIA-RIO - ONG Rio de Paz faz ato onde o médico Jaime Bold, 57, morreu durante a madrugada desta quarta-feira (20) após ter sido esfaqueado enquanto pedalava na pista de lazer da Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul do Rio. (Foto: Marcelo Fonseca/Folhapress) Folhapress ONG Rio de Paz faz ato onde médico foi assassinado

Foi preso, ontem, o segundo menor suspeito de assassinar o médico Jaime Gold. Ele foi morto a facadas enquanto pedalava na Lagoa, um dos principais cartões postais do Rio.

Jaime foi derrubado e, mesmo indefeso, rendido, no chão, levou quatro golpes certeiros, que atingiram a axila, o tórax e o abdome.

O primeiro menor preso, filho da catadora Jane Maria da Silva, já era um velho conhecido da Polícia e da Justiça. cumpria medida sócio-educativa por outro crime e estava foragido.

Também tem um histórico de roubos de celulares, cordões, e, claro, bicicletas, cujas marcas conhece bem.

Segundo a Polícia, costumava roubar cinco bicicletas por mês, principalmente, das grifes Burnett e Giant. O ladrão tem 15 passagens por roubo e furto, cinco deles com uso de faca ou tesoura. Coincidência?

Caso a proposta da redução da maioridade penal já tivesse sido aprovada, é provável que o desfecho do crime na Lagoa tivesse sido outro.

Certos da inimputabilidade, garantida pelo obsoleto Estatuto do Adolescente, menores costumam atacar suas vítimas sem economizar na dose de violência gratuita.
Valem-se da idade para cometer os crimes mais atrozes. Sabem que não importa o grau de crueldade de seus atos, não haverá consequência à altura para eles. Os marginais ditos “de menor” sabem aproveitar bem a janela de impunidade do ECA, que se fecha aos 18 anos.

Respondendo como adultos, não teriam mais o séquito de patéticos ativistas dos direitos desumanos querendo aparecer, advogados de rapina em busca de fama instantânea para promover suas bancas, sem falar nos demagógicos políticos de esquerda que costumam, nessas horas, vociferar o bolorento mantra da “coitadizição” dos criminosos, principalmente, dos menores.

Na lógica enviesada dos defensores de bandidos, assassinos, ladrões, traficantes, sequestradores e estupradores não passam de vítimas da sociedade, como se a pobreza fosse desculpa para o crime, salvo conduto para o criminoso.

E se eles são as vítimas, quem seriam os algozes? Nós? Eu não aceito essa culpa!

A dona Jane, mãe do primeiro suspeito, defende o filho bandido – ou melhor – infrator. Garante que nunca abandonou o marginal. É de se perguntar: – por onde esteve dona Jane quando o filho deixou a escola e passou a praticar assaltos armado com facas e tesouras?

Será que a mãe não via as bicicletas de luxo, os cordões de ouro, e os celulares roubados pelo filho marginal?

Por que acobertou o filho assaltante quando ele fugiu para não cumprir a medida imposta pela Justiça? Talvez, ela pudesse ter evitado que o menor cometesse um crime ainda mais grave, como o assassinato do doutor Jaime Gold…

Mas, para dona Jane, “o jovem de bolso vazio vai roubar” e “precisa de mesada para ficar entretido”. Não, dona Jane, não leve para a vala comum do mau caratismo os jovens pobres deste país. O crime é uma escolha, de ricos e pobres. Não uma imposição.

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