O curioso feminismo seletivo

  • Por Carlos Andreazza/Jovem Pan
  • 23/02/2017 07h38
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XNM 04 BEIRUT (LÍBANO) 21/02/2017.- La líder de la extrema derecha francesa y candidata presidencial, Marine Le Pen, ofrece una rueda de prensa en Beirut, Líbano, hoy, 21 de febrero de 2017. Le Pen, no pudo reunirse hoy con la más alta autoridad suní del Líbano, el mufti de la República, jeque Abdelatif Derian, tras negarse a cubrirse la cabeza con el velo islámico, informó la institución religiosa. La institución que dirige Derian expresó su pesar por el "comportamiento inapropiado" de Le Pen, la cual "se negó a ponerse el velo islámico, requisito para ver al mufti", según un comunicado. La candidata presidencial francesa llegó el domingo por la noche al Líbano para una visita oficial de dos días, durante la cual ya se ha entrevistado con el presidente del país, Michel Aoun; el primer ministro, Saad Hariri; el ministro de Exteriores, Yebrán Basil, y con el patriarca maronita (católico de Oriente), Monseñor Bechara Rai. EFE/Nabil Mounzer EFE/Nabil Mounzer Marine Le Pen - EFE

É curioso o feminismo seletivo. Não fosse Marine Le Pen, mas uma líder de esquerda – e nesta altura a recusa em usar o véu para encontrar um clérico islâmico a teria alçado a todas as páginas do mundo como corajosa guerreira da causa da liberdade feminina. Ou não vai o véu no corpo? Ou será que o “meu corpo, minhas regras” não serve para mulheres de direita?

Pois é… Este feminismo que defende a agenda esquerdista antes de defender a mulher tem por natureza a incoerência e, por destino, o colapso. Esta passagem com Marine Le Pen, por exemplo, resulta em curto-circuito clássico. Afinal, Marine é Le Pen. Ou seja: não é uma mulher; mas uma – como a chamam? – extremista de direita. E então o silêncio… Ela não é digna de sororidade.

Um pensador recente disse que suruba é suruba. Pois eu digo que feminismo é feminismo. Ou é para todas, ou não é. Isso, claro, na França, nos EUA, no Brasil. Porque, lá com a autoridade sunita do Líbano, lá não rola, lá não tem conversa, lá não tem essa de feminismo, nem inteiro nem seletivo. Lá é véu. Para começar. Fica a dica.

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