O curioso feminismo seletivo
É curioso o feminismo seletivo. Não fosse Marine Le Pen, mas uma líder de esquerda – e nesta altura a recusa em usar o véu para encontrar um clérico islâmico a teria alçado a todas as páginas do mundo como corajosa guerreira da causa da liberdade feminina. Ou não vai o véu no corpo? Ou será que o “meu corpo, minhas regras” não serve para mulheres de direita?
Pois é… Este feminismo que defende a agenda esquerdista antes de defender a mulher tem por natureza a incoerência e, por destino, o colapso. Esta passagem com Marine Le Pen, por exemplo, resulta em curto-circuito clássico. Afinal, Marine é Le Pen. Ou seja: não é uma mulher; mas uma – como a chamam? – extremista de direita. E então o silêncio… Ela não é digna de sororidade.
Um pensador recente disse que suruba é suruba. Pois eu digo que feminismo é feminismo. Ou é para todas, ou não é. Isso, claro, na França, nos EUA, no Brasil. Porque, lá com a autoridade sunita do Líbano, lá não rola, lá não tem conversa, lá não tem essa de feminismo, nem inteiro nem seletivo. Lá é véu. Para começar. Fica a dica.
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