O descompasso da Lava Jato em Curitiba e em Brasília

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2017 11h19
SÃO PAULO, SP, 19.10.2015: JUSTIÇA-SP - Ministro Luiz Edson Fachin - II Colóquio sobre o Supremo Tribunal Federal, na sede da Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), nesta segunda-feira. (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress) Eduardo Knapp/Folhapress Luiz Edson Fachin

O descompasso da Lava Jato em Curitiba e em Brasília é revelado, mais uma vez, na condenação a mais de 15 anos de prisão do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha.

Ouça o comentário completo de Vera Magalhães AQUI.

Até setembro do ano passado, Cunha era deputado federal. Foi cassado e, em ato contínuo, teve prisão preventiva decretado por Moro.

Agora, com a condenação, ele se diz perseguido por um “justiceiro” e afirma ser um “troféu” a ser exibido.

Cunha se esquece, porém, que em seu caso não faltam provas, seja em diversas delações ou fatos documentos em contas na Suíça.

Numa sequência seca e magistral, Moro aponta que a pena de Cunha foi agravada pelo fato de ele ser deputado federal na época dos crimes, e ter traído seu mandato.

Enquanto isso, em Brasília, março acaba sem que o relator Edson Fachin tenha se manifestado sobre a chamada lista de Janot. Ele diz que vai adentrar abril na análise dos documentos da delação da Odebrecht.

Apenas dois políticos são réus na Lava Jato no Supremo, três anos após o início das investigações.

Acelera, Fachin!

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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