O diferentes tons de cinza sobre Dilma e Temer

  • Por Jovem Pan
  • 02/03/2017 09h56
Fernando Bizerra Jr. / EFE Michel Temer e Dilma Rousseff durante evento em Brasília

Vera Magalhães comenta que “se houvesse uma gradação de 50 tons de cinza no depoimento de Marcelo Odebrecht ao TSE no processo de cassação da chapa Dilma-Temer, o empresário pintou de cinza-chumbo a relação com a ex-presidente Dilma Rousseff, mas tingiu de um tênue cinza-mescla a participação de Michel Temer no caixa dois da empresa para a campanha”. Ouça o comentário completo AQUI.

Odebrecht descreveu em detalhes o esquema e apontou o marqueteiro João Santana como o principal intermediário dessas doações ilegais, afirmando que 4/5 de tudo que a Odebrecht doou para o PT era caixa dois. Confirmou que alertou a então presidente sobre a origem ilegal dos recursos e que a ajuda era uma contrapartida pelos benefícios obtidos pelo grupo com uma Medida Provisória editada por Dilma. Ou seja, cinza mais escuro impossível.

Já com Temer, pode-se dizer que Odebrecht “pegou leve”. Afirmou que o presidente não pediu recursos diretamente ao partido no famoso jantar no Jaburu em 2014. Disse que a negociação de valores e a forma de pagamento se deu por meio de Eliseu Padilha e que a relação com o PMDB era mais pontual que com o PT. Além de Padilha, o empresário citou Romero Jucá e Eduardo Cunha como intermediários dessa “ajuda”, mas poupou Temer.

Outros empresários vão depor no TSE. Resta saber se confirmarão a versão de que o presidente não atuou diretamente no pedido de caixa dois e se essa gradação de tonalidade levará o ministro do processo Herman Benjamin a também dosar a tinta de seu voto em relação a Temer.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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