O “encontro secreto” entre Dilma e Lewandowski

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2015 13h39
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr Ministro Ricardo Lewandowski inocenta João Paulo Cunha da acusação de corrupção passiva

Nêumanne, o que Dilma estaria conversando com o presidente do STF, às escondidas no voo para Moscou?

Olha. Uma das notícias mais incríveis que eu já li na minha vida, foi a notícia dada por Gerson Camarote, colega e comentarista da Globo News, do encontro secreto, sigiloso, em uma escala técnica do avião que levou Dilma Rousseff para Moscou e depois Roma e Milão, entre ela e o presidente do STF, Ricardo Lewandowski.

O Brasil inteiro sabe quem é Ricardo Lewandowski. Ele é o revisor do processo do mensalão, que atacou durante todo o tempo o relatório de Joaquim Barbosa sobre os petistas mensaleiros. O Ricardo Lewandowski é amigo próximo da família do Lula, é um evidente fã do PT, de Dilma.

Mas ele é o presidente de um poder, do poder judiciário. Dilma está em discussão, está tendo uma atuação polêmica na Justiça. Primeiro no poder Legislativo, porque ela está sob sub judice do TCU, que não é um órgão do Judiciário, mas do Legislativo, por causa de suas “pedaladas fiscais”.

Também está em discussão logo no poder judiciário, que é o Tribunal Superior Eleitoral. Só que o STF é o órgão Supremo, como diz o nome, para julgá-la. E o único que pode, junto com o Congresso, tirá-la do poder. Se ela teria que se encontrar com Lewandowski, teria que ser um encontro público.

Alias, por que? Primeiro, por que uma escala técnica em Porto, Portugal, em uma viagem à Rússia? Que avião a Dilma tomou? Seria o 14-Bis, do Santos Dummont? Ou aquele que conheci na minha infância, o Teco-Teco? Não existe mais aquilo que existia na minha adolecência, de o sujeito pegar um avião para a Europa e parar nos Açores, ou em Casa Blanca, por falta de autonomia do avião.

Os aviões tem autonomia plena hoje em dia, e não precisava fazer essa escala técnica. O pior de tudo é que a notícia foi confirmada pelo ministro da Justiça, o senhor Eduardo Cardozo, que disse que foi um encontro casual combinado. Ou é casual, ou é combinado.

Agora, essa gente nem respeita a língua portuguesa. Uma palavra briga com a outra, e essa explicação é uma explicação estúpida. Disse que a Dilma discutiu com Lewandowski o aumento do funcionalismo do Judiciário. Isso é brincadeira.

O Congresso já deu o aumento. A Dilma já deu sinais de que vai vetar. Que tipo de conversa ela poderia ter sobre esse aumento, com Ricardo Lewandowski, em segredo, que ninguém pudesse saber.

A não ser que ela tenha discutido o desempenho do Atlético Mineiro, que está na liderança do campeonato nacional e segundo ela é seu time, nada mais ela tinha a conversar com Ricardo Lewandowski, e nada que não fosse público. Essa história é absurda, e essa história só a compromete mais, e inclusive, por que demonstra falta de inteligência.

Será que essa gente não percebe que não dá para esconder? Que não dá pra se esconder? Pelo amor de Deus! Estava na hora de, pelo menos, aprender isso!

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