O futebol brasileiro despreza o domínio do meio de campo
Nós vamos continuar debatendo o que aconteceu nos 7 a 1 contra a Alemanha. E não aceitaremos os argumentos de Felipão, de que o trabalho não foi de todo ruim, muito menos a de Parreira, que afirmou que todos foram perfeitos, nenhum deslize, o resultado que impactou.
Coluna de Tostão na Folha de S. Paulo fala sobre o “desprezo do futebol brasileiro pelo domínio do meio campo”. Não temos um craque nesse setor.
Se Kross, Schweinsteiger e outros meias alemães fossem formados no Brasil, seriam escalados desde as categorias de base como meias ofensivos para atuarem próximos ao gol, avalia o colunista.
Schweinsteiger era um meia habilidoso e criativo que se transformou em volante para o time ter mais domínio do jogo e da bola.
Contra a Alemanha, o Brasil jogou com cinco atrás: quatro defensores mais Luiz Gustavo; quatro lá na frente, Hulk e Oscar pelos lados e Bernard próximo a Fred; e apenas Fernandinho em um enorme espaço de meio de campo.
Já a Alemanha tinha três no meio de campo, mais Müller e Özil pelos lados, que voltavam para marcar e chegavam à frente. Todos atacavam e defendiam. Eram cinco contra um.
Houve nos últimos tempos uma proliferação de atacantes velozes, mas com pouca técnica e lucidez. Depois de Ronaldo, só tivemos de especial Neymar. Os outros são fracos para os níveis da seleção brasileira.
Há 15 anos falo sobre isso. Cansei, termina o ex-meia da Seleção.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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