O lugar do PT é na oposição
A presidente Dilma se reuniu, ontem, com ministros para finalizar o plano de concessões à iniciativa privada. O pacote de privatizações – que, aliás, o PT sempre condenou – é o plano “B” da presidente que, apesar de ter maioria na Câmara, não conseguiu aprovar o ajuste fiscal com os cortes mínimos necessários para desafogar as contas do Governo.
Mas, alguém esperava que os partidos assumissem o ônus das medidas impopulares de Dilma quando parte expressiva do próprio PT deu as costas à presidente e votou contra o ajuste das contas?
O PT plantou vento. As outras legendas não querem se responsabilizar pela tempestade.
Apesar das concessões de rodovias e aeroportos, dos juros altos, do aumento de água e luz, do fim das isenções fiscais, apesar da inflação e da recessão, ainda estamos enfrentando os primeiros meses de longos anos de vacas magras.
Alguns economistas menos otimistas estimam que o crescimento no Brasil não será retomado em 2016, como prevê o ministro Levy, mas somente em uma década.
Por doze anos os dois governos petistas abusaram da sorte. Em tempos de “vacas gordas”, inflaram os gastos públicos. Multiplicaram o número de cargos e ministérios. Fizeram vista grossa à corrupção. Seguraram os preços de forma artificial e irresponsável, montando uma bomba relógio, que certamente, explodiria nas mãos dos trabalhadores e empreendedores.
Com o dinheiro dos impostos, financiaram, em troca de votos, programas sociais sem a contrapartida dos beneficiários. Hoje, um em quatro brasileiros depende do bolsa-família para sobreviver.
Lula e Dilma não investiram o mínimo para o crescimento do país, que garantiria emprego, renda e o bem-estar da população.
Infraestrutura, saúde, educação, formação de mão de obra qualificada, tudo o que era vital para o país foi deixado para depois, para Deus-sabe-quando. Resultado: não nos preparamos para os anos de “vacas magras”. Os celeiros estão vazios. O Brasil não tem dinheiro. E, claro, o PT vai continuar cobrindo o rombo de sua incompetência com o dinheiro fácil dos impostos que nós pagamos, impostos que corroem nossa renda, que nos custam cinco meses de trabalho duro.
Ao longo de mais de uma década de governos marcados pela corrupção e pela incompetência, o Partido dos trabalhadores que não trabalham e dos governantes que não governam provou qual o seu melhor lugar na democracia: na oposição.
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