O ministro da Justiça poderia exercer uma administração que impedisse esse tipo de crise em presídios

  • Por Jovem Pan
  • 28/08/2014 17h20
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Nêumanne, você diria que José Eduardo Cardoso está fazendo um trabalho no Ministério da Justiça que ajuda a resolver o problema da violência no Brasil, a começar com o convívio dos presos nos presídios?

Todos nós nos lembramos – e ainda neste fim de semana eu tive a pachorra de relembrar o protesto emocionado e radical, e clamando do ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, sobre as condições carcerárias no Brasil.

O caso de Cascavel que, de repente, desaparecem sete presos. O Estado brasileiro não consegue dar conta nem sequer daqueles que estão sob sua custódia em presídios.

Pois bem, então, nesta quarta-feira leio no jornal O Globo que, por conta de uma crise que atinge o departamento penitenciário nacional, do Ministério da Justiça do ministro que clama no deserto, nove funcionários do […] – incluindo 4 diretores de presídios federais – pediram exoneração dos cargos em caráter irrevogável, alegando de forma definitiva que a direção do Depen e o Ministério da Justiça estão interferindo politicamente no trabalho deles. Os substitutos não tinham sido nomeados até a notícia do jornal ser publicada, mas isso aí não vem à questão. O que vem à questão é que nada foi feito, por nenhum governador do Estado ou ministro da Justiça, em relação ao combate da principal causa principal da violência nas ruas do Brasil, que são as condições degeneradas e indecentes em que vivem os presos nos presídios e o resultado delas – o comando exercido por facções lá dentro, os mal-tratos e as rebeliões. Nada foi feito.

Agora, eu sou obrigado a retirar e dizer que alguma coisa foi feita sim: o Estado brasileiro resolveu politizar, resolveu aparelhar os presídios. Ora, ora, ora, eu não estou falando dos presos da cúpula do primeiro governo Lula que estão na Papuda, não; eu estou falando dos ocupantes do Ministério da Justiça agora. Se a crise lá chegou a esse ponto, é porque realmente aquilo deve estar a chamada zorra prisional.

Antes de se queixar da condição dos presídios, o ministro da Justiça poderia evitar esse tipo de vexame e exercer, pelo menos, uma administração aceitável que impedisse esse tipo de crise.

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