O novo ritmo da Lava Jato e a falta de modéstia de Renan

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2017 10h46
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(E/D) Senadores José Sarney (PMDB-AP), Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Romero Jucá (PMDB-RR) durante sessão deliberativa. Na pauta, o Projeto de Lei de Conversão 2/2014, que fixa nova norma de tributação de lucros de empresas controladas no exterior por matriz brasileira Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto/Agência Senado Senadores José Sarney (PMDB-AP)

Edson Fachin acolheu pedido do Ministério Público e abriu inquérito contra os caciques do PMDB.

Fou uma tabelinha bem rápida entre o procurador-geral da República Rodrigo Janot e o relator Edson Fachin. Janot pediu a abertura de inquérito na segunda e Fachin acolheu na quinta (9), em menos de uma semana.

Fachin também já deu sua primeira decisão na Lava Jato. Não sabemos se essa vai ser uma constante, mas parece que teremos um novo ritmo na investigação.

Caciques        

É um revés bastante grande para o PMDB, uma vez que três dos principais caciques da sigla e peças importantes do xadrez político são atingidos. O ex-presidente do Senado Renan Calheiros, o líder do governo no Senado e presidente do PMDB Romero Jucá e o ex-presidente José Sarney, que tem seu primeiro inquérito na Lava Jato.

Havia conversas para que Romero Jucá retomasse de fato ao ministério do Planejamento – pois de direito ele ainda é ministro e despacha todos os dias com o titular da pasta Dyogo Oliveira. O próprio Jucá decidiu não voltar, pensando nos desdobramentos da Lava Jato.

Calheiros não tem tanta modéstia, quis ser líder do PMDB, e é, e quer indicar o novo ministro da Justiça, mesmo tão enrolados nas investigações. Renan Calheiros contabiliza 13 inquéritos no Supremo Tribunal Federal, sete apenas pela Lava Jato.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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