O panorama dos Correios continua dramático

  • Por Jovem Pan
  • 01/06/2015 20h16
SÃO PAULO, SP, BRASIL, 01-07-2008: Carteiro trabalha na praça do Correio, centro de São Paulo. Categoria pode entrar em greve amanhã. (Foto: Danilo Verpa/Folhapress, DINHEIRO) Danilo Verpa/Folhapress Correios. Funcionário carregando caixa

Pergunta: O que é que tem a ver o lucro da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos com os grandes escândalos provocados pela instrumentalização de empresas estatais no governo federal?

Resposta: É, já faz parte da história do Brasil. Toda essa onda de escândalos tem origem em um achaque feito por um diretor dos Correios e Telégrafos, ligados ao PTB, cujo presidente era Roberto Jefferson.

Achaque que foi flagrado e publicado pela revista Veja e que levou Roberto Jefferson a dar uma entrevista para a Folha de S.Paulo denunciando o esquema de Mensalão. Hoje todos os réus já foram condenados e o próprio Roberto Jefferson já saiu da cadeia e se casou, mas o panorama no Correio continua sendo dramático. Só para você ter uma ideia, houve uma queda no lucro líquido da empresa de 97% de 2014 em relação a 2013.

Acontece o seguinte: em 2013, os Correios tiveram 325 milhões de reais registrados em lucro líquido; em 2014, 9 milhões e 900 mil. A comparação é ainda pior em relação a 2012, quando o lucro chegou a 1 bilhão e 100 milhões. Bom, e não é inútil lembrar que o Correio já foi tido como empresa a estatal exemplar, talvez o único serviço público efetivamente eficiente no Brasil.

Acontece que os Correios, assim como a Petrobras, o BNDES, e toda a máquina pública e de estatais, foi aparelhada pelo PT de Zé Dirceu, de Luiz Gushiken, de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff.

Essa instrumentalização incluiu aliados como no PTB, o que terminou levando à denúncia do Mensalão, que também teve consequências no Petrolão. A volta a “Onde tudo começou, os mesmos vícios”, o feliz título encontrado por “O Globo” para essa notícia, é mais uma evidência do grande prejuízo que o cidadão e, principalmente, o trabalhador tem quando o partido que toma o poder resolve aparelhar a máquina pública, que tinha de ser administrada de forma impessoal e competente.

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