O PSDB se encolhe, mas Alckmin cresce

  • Por Carlos Andreazza/Jovem Pan
  • 13/06/2017 09h07 - Atualizado em 29/06/2017 00h11
DF - REUNIÃO/PSDB/BRASÍLIA - POLÍTICA - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB-SP) durante reunião de líderes do PSDB na sede do partido em Brasília (DF) nesta segunda-feira, dia 12. 12/06/2017 - Foto: MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO MATEUS BONOMI/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO AE - Governador Geraldo Alckmin durante reunião do PSDB em Brasília que decidiu por manter apoio ao governo Temer

Que coisa espantosa é o PSDB, não? Durante semanas os chefões do partido bradaram aos quatro ventos que o julgamento do TSE seria o marco para que tucanos ficassem ou não no governo Temer. Torciam, disfarçadamente, pela cassação da chapa. Mas cassação não houve. E Michel Temer continua presidente. Inerte desde então, metido em reuniões sem fim, e de uma em uma sem qualquer decisão, o partido vai ficando, boiando, jiboiando. Sem convicção, com atitude covarde, só se enfraquece. Assim como está, assim como vai, se Temer afinal cair, o PSDB cairá junto. Se Temer resistir, o terá feito apesar do PSDB. Um partido fraco, que não cansa de perder.

O PSDB se encolhe, mas Geraldo Alckmin cresce. O governador de SP, ao contrário de Aécio Neves, nunca fora avalista do governo Temer, do qual sempre marcou distância. O presidente compreendeu isso cedo. Compreendeu também, agora, que o comando do PSDB migrou – ainda que informalmente – para o governador de São Paulo. Daí porque corteje Alckmin sem qualquer vergonha. Esse, de sua parte, já joga com isso – e jogará ainda muito. Não fechará com Temer como Aécio fizera. Mas trabalhará a favor nos bastidores. A ele não interessa a troca de presidente em 2017. Sabe que, assim, em condições normais, chegará a 2018 forte.

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