O que aconteceu no Ministério da Fazenda foi um absurdo
Pergunta: Você acha que um grupo que tem determina reivindicação a fazer ao governo, tem direito de impedir que o ministro entre no ministério, quebrar vidro em prédio público e forçar a barra para que ele negocie seus pleitos?
Resposta: O que aconteceu na manhã desta terça-feira, em Brasília, no prédio do Ministério da Fazenda é um absurdo e nada tem a ver com a democracia.
Eu não tenho nada contra a Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar procurar o governo para negociar. Nada contra que se dirija diretamente ao Ministro da Fazenda, muito embora não seja ele o responsável pelo pleito que essa gente quer.
Agora, não se pode invadir um prédio público, quebrar vidraças e agredir pessoas e impedir que o ministro entre no prédio por vinte minutos. O ministro Joaquim Levy, que não tá muito afeito a esse tipo de coisa.. negociação política, especialmente a sindical, se saiu muito bem: conversou com todo mundo e explicou o que é natural, aquilo não é com ele, é com o Sr. Zananias, ministro petista que é quem cuida do assunto.
Agora, o Joaquim Levy virou o alvo preferencial por que o PT quer tirar corpo fora das decisões que o governo toma e contrariam estes ditos “movimentos sociais”. Mas é bom esclarecer que isso não é democrático, é uma agressão ao patrimônio público e me lembrou o grande udenista, Adauto Lúcio Cardoso, que, ao receber manifestantes que subiram numa mesa para falar com ele, o senador, à época, pediu que descessem da mesa por que ela era um patrimônio público e não pode ser violado.
O Ministro Levy foi muito paciente, os jornalistas que reproduzem essa notícia são pacientes demais, mas não da pra tratar esse tipo de atentado como se fosse algo legítimo no estado democrático de direito.
Os reivindicantes querem melhorias, como implantação de programas de incentivos para mulheres, jovens no campo, e garantia de água para consumo e produção de alimentos.
São pleitos justos, mas não justificam violência, agressão ao ministro, ao governo, e sobre tudo o quebra quebra de patrimônio e bens que pertencem à todos nós, governo e a eles, manifestantes. Vamos acabar com essas coisas e dizer essas coisas com clareza, o que o governo também não faz.
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