O que Dilma irá dizer para salvar sua palavra?

Presidente Dilma Rousseff discursa durante posse do novo ministro da Educação

Pergunta: O que tem a ver uma reunião que não foi revelada pelo Ministério da Saúde pelo seu ministro, com os processos contra o governo Dilma em plena “safra”, digamos aí, da Lava Jato, do mensalão, do petrolão?

Resposta: Os jornais não deram tanto destaque como deveriam, mas deram a notícia. Lembraram que no despacho da prisão do ex deputado André Vargas, que foi do PP, o juíz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato na JF em Curitiba, apontou um erro gravíssimo, uma obstrução de justiça na omissão do Ministério da Saúde ao responder um questionamento sobre suposta reunião entre o ex titular da pasta Alexandre Padilha, candidato derrotado do PT ao governo de São Paulo, com apoio de Lula, em 2014; e o ex deputado André Vargas, para tratar da contratação da empresa “Labogen química fina e biotecnologia”, que havia sido comprada pelo doleiro Youssef, em parceria para produção de alimentos.

No texto da decisão da prisão, o juiz foi muito claro dizendo que isso foi um erro gravíssimo e é bom chamar atenção para todos estes fatos. O Ministério da Saúde foi questionado pela justiça e não respondeu corretamente o questionamento, mentindo ou omitindo, o que tanto faz.

Isso nos leva a debater o seguinte: a senhora Dilma Rousseff vive dizendo por aí que ela e o PT têm dado o maior respaldo para o MP, a PF e a JF-Paraná, para julgar, investigar, o escândalo do petrolão.

A ação do ministério da Saúde em relação ao caso, ainda mais envolvendo o ministro Padilha, que foi candidato ao governo de São Paulo, apoiado pelo Lula, é uma demonstração exatamente do contrário.

Gostaríamos de saber que providência a presidente Dilma Rousseff pode tomar contra o Ministério da Saúde para, pelo menos, salvar um pouco da palavra dela que tem sido negada, afinal de contas, o governo não tem nada a ver com a investigação. É isso que fica provado.