O sucesso republicano de Trump e o sufoco democrata de Hillary

  • Por Jovem Pan
  • 09/03/2016 15h23
Montagens sobre fotos/ EFE Hillary Clinton e Donald Trump

Nas prévias eleitorais de terça-feira na corrida presidencial americana, tivemos a confirmação do sucesso de Donald Trump entre os republicanos e o sufoco de Hillary Clinton entre os democratas. Das disputas mais importantes, nenhuma surpresa no estado sulista de Mississippi. Trump e Hillary venceram as primárias de cada partido com facilidade.

A margem de Trump em Michigan, no meio-oeste do pais e tradicional base industrial, foi menor, graças ao desempenho decente do governador de Ohio, John Kasich, e do senador texano Ted Cruz. Tanto em Mississippi como em Michigan, o senador pela Florida Marco Rubio foi um vexame. A questão é como ele irá aguentar na corrida, ele que prenunciava tanto vigor antes do início.

Rubio talvez tenha entrado muito cedo na corrida presidencial americana e sua mensagem de conservadorismo otimismo acabou dando lugar a uma campanha negativa, ressentida e de insultos contra Trump, ou seja, ele entrou no jogo de Trump e neste jogo ninguém derrota o bilionário bufão.

Na sua coletiva à imprensa na terça-feira à noite, Trump até ameaçou uma pose mais adulta, mais presidencial, já de olho na campanha de novembro, mas não resistiu e rapidamente voltou ao estilo autopromocional, narcisista e de insultos infantis. Fazer o quê? Ele está vencendo com este comportamento.

Do lado democrata, Hillary segue rumo à vitória partidária, mas tropeçando em Bernie Sanders, o radical de esquerda que cativa um eleitorado que desconfia da ex-primeira-dama e acredita que ela não ecoa suas aflições e frustrações. O resultado final em Michigan foi realmente imprevisto.

As pesquisas davam uma margem folgada de vitória para Hillary, mas a mensagem de Bernie pelo protecionismo comercial foi bem acolhida em um estado que é sinônimo de desmanche industrial no país. Basta lembrar que Detroit, a capital do carro, não é mais o que foi.

Nas prévias de terça-feira, Donald Trump ganhou e Hillary Clinton perdeu. Na expressão do Wall Street Journal, este ano pertence ao eleitor branco masculino que está enfurecido. É o americano que perdeu o bonde para a globalização, para a transferência de indústrias para países emergentes e que se sente engolfado pelas ondas de diversidade cultural e demográfica nos EUA. Este eleitorado acuado busca a proteção de Trump e de Bernie Sanders.

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