O Super-Estado e a corrupção no Brasil
Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário divulgada esta semana faz um alerta importante: os governos – federal, estaduais e municipais – pagaram, em média, 17% a mais pela compra de produtos e a contratação de serviços entre os anos de 2012 e 2014.
Em relação às empresas privadas, as empresas públicas desembolsaram R$ 4,680 bilhões de sobrepreço só nesses dois anos. A diferença entre uma empresa pública e uma empresa privada no Brasil vai muito além do superfaturamento das compras.
Uma empresa privada tem, por objetivo, ser lucrativa. Por isso, precisa ser eficiente. Para isso contrata os melhores profissionais. Além dar lucro, gerar empregos, atender às demandas do consumidor, empresas privadas geram riquezas e desenvolvimento por que pagam impostos.
E o que fazem nossas estatais? Consomem verbas públicas como parasitas. Muitas são ineficientes e dispendiosas. Cabides de emprego, acolhem toda sorte de apadrinhados: de aliados do governo a parentes de poderosos.
Em vez de atender ao interesse da população, essas empresas servem de balcões de negócios para enriquecer quadrilhas especializadas em pilhar o patrimônio público.
É o caso da Petrobras, que graças à má gestão e à corrupção, perdeu só em 2014, R$ 21,6 bilhões.
Juntas, as estatais formam um estado gigantesco e centralizador. Como não consegue gerir, adequadamente, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, bancos, petrolíferas, siderúrgicas, o “Super-Estado” torna-se inoperante e deixa de atuar onde realmente é necessário – ou seja, na prestação de saúde, educação e segurança pública.
Não se engane, caro ouvinte. Em países como o Brasil, o tamanho do Estado define o tamanho da corrupção. E quanto mais estatais para roubar, maior o poder de quem administra, de quem saqueia.
Deu para entender por que governos corruptos defendem tanto o monopólio das estatais?
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