Obama continua errado e permite que Putin se torne líder na luta contra o terror
O que vocês esperam que eu diga, ou que qualquer pessoa razoável diga, quando a maior máquina militar do mundo é posta a reboque dos fatos porque seu comandante em chefe é hesitante, arrogante e não tem noção clara da importância do cargo que ocupa?
É evidente que estou me referindo a Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, cuja patetice em política externa consegue superar a de Jimmy Carter, que presidiu o país entre janeiro de 1977 e janeiro de 1981. E olhem que os que acompanham a área julgavam que isso fosse impossível.
A França de François Hollande — um político medíocre, que estava destinado ao rodapé do Partido Socialista, mais conhecido por sua inverossímil inquietação sexual do que por sua imaginação política — celebrou uma espécie de aliança militar com a Rússia, de Vladimir Putin, ao mesmo tempo em que obteve um “sim” unânime da União Europeia a seu pedido de ajuda militar.
A França intensificou os ataques a Raqqa, na Síria, hoje tida como a capital do Estado Islâmico. Os EUA coordenam as ações das potências ocidentais, é verdade, mas isso, vamos dizer, diz mais respeito à burocracia militar do que à política. A verdade é que Obama não está no comando.
Enquanto o presidente americano buscava uma maneira de explicar por que se opõe a uma ação terrestre, sem conseguir, Hollande e Putin acertavam uma cooperação no Mediterrâneo, envolvendo um porta-aviões francês e um navio russo.
A frouxidão de Obama dá a Putin, o Verdugo do Ucrânia, a chance de posar de grande líder. Até porque ele tem motivos de sobra para isso: o EI reivindica, e tudo indica ser verdade, a autoria do possível atentado que derrubou o Airbus 321, da empresa russa Metrojet, que matou 224 pessoas no Sinai, no Egito, no dia 31 de outubro. Vale dizer: a ser verdade a autoria, e tudo indica que sim, a Rússia tem o maior número de vítimas civis dos ataques terroristas do Estado Islâmico. E a França carrega a agressão moral do território violado.
Dizendo as coisas de outra maneira: é evidente que, na ordem das coisas, que não é natural porque é política, a liderança no combate ao terrorismo islâmico — e a qualquer terror — deveria caber aos Estados Unidos, mas Obama permite que ninguém menos do que Putin assuma esse papel.
E tudo por quê? Porque Obama insiste no seu erro estúpido, que consistiu em incentivar, apoiar e, no limite, patrocinar iniciativas para derrubar Bashar Al Assad, presidente da Síria, um carniceiro, sim — a exemplo de outros que contam com o apoio dos Estados Unidos.
Leio aqui e ali que o Estado Islâmico é ainda consequência da queda de Saddam Hussein — e, pois, a responsabilidade caberia a George W. Bush. Eu diria que é uma espécie do modo petista de pensar adaptado às circunstâncias internacionais. Assim como a petezada adorava atribuir tudo o que havia de errado no Brasil a FHC, os “progressistas” da ordem mundial tinham o seu culpado de plantão: Bush.
Uma ova! O Estado Islâmico nasceu do apoio objetivo dos Estados Unidos ao jihadismo disfarçado de Primavera Árabe — obra inequívoca de Obama — e da retirada desordenada e sem critério das forças americanas do Iraque, o que também é obra de… Obama!!!
Para os que gostam de teorias conspiratórias, eis aí um prato cheio. É claro que não passam de tolices as suposições de que nem americano ele é; de que, no fundo, seu coração bate mesmo é em favor do Islã; de que seu verdadeiro trabalho é enfraquecer as defesas do Ocidente etc. e tal… Há malucos para todos os gostos.
Obviamente, não se tratou de nada deliberado. O fato objetivo é que o mundo se tornou um lugar muito mais perigoso depois de sete anos de governo de Barack Obama, esse fruto mal-acabado de todas as ilusões e burrices politicamente corretas do planeta.
E, por óbvio, se os terroristas não forem burros — e não parece que sejam —, concentrarão suas agressões em território europeu e preservarão o solo americano. Assim Obama pode esconder todos os seus erros nos mais de dois terços da população dos EUA que hoje são contrários a uma ação terrestre na Síria e no Iraque.
Meu blog existe desde 2006. Leiam o que escrevi sobre este senhor desde a sua campanha eleitoral de 2008. É evidente que eu não o responsabilizo pelos ataques. Os culpados são os terroristas. Obama só criou as circunstâncias adequadas para que a Besta exercesse a sua vocação.
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