Obama esteve na América Latina para visitas históricas

  • Por Jovem Pan
  • 25/03/2016 12h29
EFE Barack Obama durante discurso na Argentina (EFE)

Em mais uma semana particularmente agitada no Brasil e com os olhos do mundo voltados para o horror do terror em Bruxelas, Barack Obama esteve na América Latina para uma visita histórica: primeiro em Cuba e depois na Argentina.

Em Havana, o presidente americano enterrou o passado da Guerra Fria e aproveitou para ir a um jogo de beisebol ao lado do ditador Raúl Castro. Em Buenos Aires, Obama investiu no futuro e até ensaiou passos de tango em um jantar de gala. Aproveitando o embalo da metáfora, para dançar o tango são necessários dois e não há dúvida que Obama encontrou um parceiro na América Latina no presidente argentino Mauricio Macri.

Em pouco mais de 100 dias de governo, Macri impressiona pelo esforço para impulsionar a Argentina depois dos anos sombrios e caóticos do regime Kirchner, primeiro de Nestor e em seguida da rainha Cristina. Entre outras coisas, Macri quer afugentar os fantasmas do antiamericanismo automático, ele quer criar um novo modelo na América do Sul, que abafe o falido populismo em suas várias correntes, o chavismo, o lulismo e o kirchernismo.

E tudo isso impressiona os gringos. Não é à toa que o jornal espanhol El País estampou a manchete “Obama consagra Macri como aliado privilegiado dos Estados Unidos na América Latina”. E não é todo dia que isto acontece. A visita de Obama a Buenos Aires foi uma celebração da amizade recuperada.

Em um entrevista coletiva na quarta-feira, os dois presidentes foram generosos na troca de elogios e ambos disseram confiar que o Brasil saia do seu buraco graças à maturidade de suas instituições democráticas. Como disse Obama sobre a Argentina, eu estou impressionado com o trabalho de Macri em seus cem primeiros dias.

Na América Latina, com exceção do colombiano Juan Manuel Santos, nenhum presidente parece tão conectado com Obama como Macri. Washington gosta de uma gestão em Buenos Aires com mais transparência e disposição para empreender reformas econômicas. Nas palavras de Obama, Mauricio Macri é um homem com pressa, um exemplo de liderança para a região e para o mundo.

Quando será que um presidente do Brasil voltará a escutar este tipo de comentários de líderes mundiais que não sejam de um tipo como Nicolás Maduro?

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.