Odebrecht atua em acordos e quer que delatores permaneçam na empresa

  • Por Jovem Pan
  • 24/11/2016 13h08
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Brasil, São Paulo, SP, 16/07/2015. Vista da fachada da sede da empresa Odebrecht, localizada na Rua Lemos Monteiro, no Butantã, zona oeste de São Paulo. A sessão de depoimentos da CPI da Petrobras busca elucidar a participação da Odebrecht no suposto esquema de propinas que ocorria na empresa de petróleo. - Crédito:J.F.Diorio/ESTADÃO CONTEÚDO/AE/Código imagem:186371 J. F. Diorio/Estadão Conteúdo Fachada da construtora e empreiteira Odebrecht - AE

Provavelmente o presente da delação da Odebrecht não vem com o papai Noel e teremos que esperar até 2017. Começaram apenas as assinaturas das delações, da carta de intenções de quem e do que os colaboradores querem informar ao Ministério Público.

São 77 pessoas entre delatores e leniente. Os lenientes vão corroborar o que os delatores estão dizendo, mas não vão receber penas. Marcelo e Emilio Odebrecht, sócios da companhia, também devem contar o que sabem à Justiça.

Departamento jurídico da Odebrecht está participando ativamente desses acordos. A ideia é que muito desses delatores permaneçam na empresa após relatarem o esquema criminoso, informa em primeira mão a colunista Jovem Pan Vera Magalhães. Apesar de muitos contarem também com advogados particulares, os acordos só saem com o aval dos defensores da Odebrecht.

Demora

O acordo pode demorar ainda meses para ser homologado. Ele vai para as mãos do ministro do STF Teori Zavascki, responsável pela Lava Jato no Supremo. Teori designa um juiz auxiliar para confirmar o conteúdo apresentado com cada um dos delatores.

É possível que o primeiro semestre do ano que vem seja tomado por esse assunto.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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