Operação que prendeu autores de chacinas merece aplausos; mas temos que cobrar mais
Cinco PMs e um guarda civil metropolitano foram presos numa operação de grande vulto, feita pela Polícia e a Corregedoria, por estarem suspeitos de se enolverm na grande chacina de agosto em Osasco Barueri.
Nêumanne fez questão de diferenciar a corporação dos “assassinos que usam a farda para matar”, seja qual for o tipo de missão. A polícia não pode reagir com violência à violência que se pratica contra o cidadão e contra a própria polícia.
Agora, tem que se reconhecer que a operação foi bem sucedida ao desvendar uma das chacinas, com 28 mandados de apreensão, e merece nosso aplauso.
Nêumanne chama à atenção, no entanto, a levantamento exclusivo do Portal Jovem Pan que mostra que de janeiro a setembro de 2015 foram mortas 102 pessoas em 20 chacinas na Grande São Paulo.
É mais do que o dobro das 49 mortes do ano passado e é 16% mais do que o que houve de mortes em 2012, até então o ano mais violento do último triênio.
Ou seja, a polícia resolveu dois meses depois o caso de agosto.
Mas as chacinas são a ponta de um iceberg muito mais preocupante, que é a questão da violência em si, da insegurança do cidadão, e que se junta à violência da ação policial despreparada, mal treinada e não devidamente punida.
Essa operação é uma inserção que nos faz ficar otimistas, mas cobrar mais.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.