Os flancos escancarados de Hillary e Trump

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2016 08h40
Montagens sobre fotos/ EFE Hillary Clinton e Donald Trump

Hillary Clinton e Donald Trump são candidatos com flancos escancarados. A democrata já ousou entrar em uma seara explosiva nos ataques ao seu adversário republicano nas eleições de novembro. Ela questiona, com razão, a estabilidade emocional de Trump. E, de fato, é loucura colocar os códigos nucleares na mão do insultador-em-chefe.

A reação dele a uma processo civil por fraude levanta questões sobre sua sanidade. Como este sujeito narcisista vai reagir às pressões de um Putin quando fica apoplético e dispara diatribes racistas contra o juiz que preside um mero caso de fraude, envolvendo um dos seus negócios?

Sobre Hillary, seu flanco é a névoa sobre sua honestidade. Trump tem muita munição, mas marqueteiros republicanos temem que Trump desperdice a oportunidade, focando em fantasmas do passado e mergulhe na sordidez dos escândalos sexuais de Bill Clinton, o maridão. O candidato republicano promete ir à carga com tudo na próxima segunda-feira sobre o casal Clinton.

Para estes marqueteiros republicanos, os ataques deveriam ser disciplinados (algo incompatível com o modus operandi de Trump) e concentrados no presente, com as controvérsias sobre o uso de e-mail privado por Hillary e suas ações no affaire Bengazhi (a morte do embaixador americano e outros três americanos num ataque do terror islâmico em 2012) quando ela era secretária de Estado.

Eu pessoalmente não vejo um flanco escancarado na questão Benghazi. No Congresso de maioria republicana existe uma CPI permanente a respeito e nada substancial foi provado. Já a falta de confiança da opinião pública em Hillary me parece um caminho melhor para os ataques de Trump.

Sobre os flancos do candidato republicano, não há muro que os proteja.

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