Os náufragos do Mediterrâneo: todos têm o direito de existir em algum lugar
A Folha publica o relato de um náufrago que dá uma nova visão do que tem ocorrido no Mediterrâneo, mar que liga a África à Europa.
Pessoas também são expulsas do lugar onde se encontram, como o caso de Bashir Zakariyau, que deixou Trípoli, na Líbia, pelo regime de Gaddafi.
Ele foi buscar os filhos na escola e soldados os pararam alegando que estavam sendo protegidos, já que grupos estariam perseguindo negros em meio a protestos que assolavam o país. Foram colocados em um barco, que bateu, encalhou, virou, e os filhos morreram. Nunca mais viu a esposa.
“Eu nunca quis vir à Europa, mas hoje tento construir uma vida por aqui. Mas é difícil”, disse, por causa dos documentos.
“Toda a pessoa sujeita a perseguição, tem o direito de procurar e de beneficiar de asilo em outros países”, lembra Joseval, citando a declaração dos Direitos Humanos.
Todo mundo tem direito a existir em algum lugar.
Os refugiados se parecem com Deus. Cristo disse: “As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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