Pais de jovem assassinado processam governo do RJ

  • Por Jovem Pan
  • 05/06/2015 10h27

Alex Schomaker foi morto durante assalto em Botafogo Reprodução Alex Schomaker

Os pais do estudante de biologia, Alex Schomaker, assassinado no começo do ano durante um assalto em Botafogo, zona sul do Rio, vão processar o poder público pela morte do filho.

Ontem, a Divisão de Homicídios identificou dois homens suspeitos de matar com sete tiros o estudante: Anderson Leandro Bernardes, 32 anos, e William Augusto Nogueira, 27 anos. Eles foram presos há duas semanas por roubos na zona sul.

A família do universitário assassinado diz que a ação por danos morais e materiais contra o Estado do Rio e contra a prefeitura fluminense não tem cunho financeiro, mas político.

Para, Andrei Bastos, pai da vítima, “O sentido da justiça vai além da prisão dos assassinos. Nosso desejo de justiça quer alcançar muito além disso. Quer alcançar os governantes, quer alcançar o poder público que nos abandonou a própria sorte”.

Os familiares alegam que município e estado são corresponsáveis pela morte de Alex, e vão lutar para que os entes públicos sejam responsabilizados.

O poder público tem o dever constitucional de proteger o cidadão. É o Estado quem detém a exclusividade da força para garantir a ordem e a segurança. Mas tem falhado nessa atribuição. O país está mergulhado no caos. A segurança pública fica só no discurso político. A baixíssima resolução de crimes e a certeza da impunidade dos criminosos é um estímulo constante à violência. O cidadão se sente desamparado e de fato está. Conta apenas com a própria sorte. Certeza só do descaso do Estado.

Resta ao cidadão, vítima de violência, apelar à Justiça e atingir o poder público no bolso, civilmente, já que criminalmente, União, estados e municípios não podem ser responsabilizados.

É o que farão os pais do estudante carioca, que não perdoam os assassinos do filho. Esperamos uma resposta incisiva do Poder Judiciário. Veremos se a Justiça será benevolente com o poder público, conivente com a omissão, ou ficará do lado certo, do lado das vítimas, da sociedade, dos cidadãos.

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