Pasmem! Trump é tido como mais confiável que Hillary

  • Por Caio Blinder
  • 15/07/2016 10h41
PBX06. COMMERCE (CA, EE.UU.), 24/05/2016.- La candidata a la presidencia de los Estados Unidos por el partido Demócrata Hillary Clinton habla durante un acto de campaña hoy, martes 24 de mayo de 2016, en Commerce (CA, EE.UU.). El estado de California realizará elecciones primarias el 7 de junio de 2016. EFE/PAUL BUCK EFE/PAUL BUCK Hillary Clinton

 Donald Trump e Hillary Clinton são candidatos presidenciais altamente impopulares, mas, neste momento, a carga é mais pesada para a ex-primeira-dama e ex-secretária de Estado democrata. E justamente em função das controvérsias que cercam o seu trabalho como ex-chefe da diplomacia do governo Obama.

Várias pesquisas, esta semana, mostraram o desgaste sofrido pela também ex-primeira dama pelo uso de um servidor privado de e-mails nos tempos em que era secretária de Estado. Hillary acabou não sendo acusada criminalmente, na semana passada, mas levou um pito público do diretor do FBI. Na expressão de James Comey, o chefe da polícia federal americana, a política fora extremamente descuidada.

E o pito machuca, manchando ainda mais a imagem de falta de integridade da democrata. Basta ver a pesquisa divulgada, na passada quinta-feira (14), pela rede de televisão CBS e o jornal The New York Times. Nela, Donald Trump cravou um empate com a rival e isto um mês depois de estar com seis pontos de desvantagem. Cada um deles recebe 40% de apoio.

Os números confirmam uma substancial e crescente maioria de eleitores dizendo que não podem confiar na candidata. Quando sua campanha se prepara para a coroação, na convenção partidária, em Filadélfia, Hillary vai confrontar um eleitorado no qual 67% dizem que ela não é honesta, não é de confiança. 

A cifra representa um aumento de cinco pontos em relação à antiga pontuação feita antes da divulgação das investigações do FBI sobre o uso dos e-mails. Imagine, a desconfiança dos eleitores sobre Trump está abaixo, cinco pontos a menos.
É verdade que uma pesquisa é o flagrante do momento e outros estudos mostram a candidata com uma estreita, porém consistente, vantagem sobre Trump. O fato indiscutível é que, semanas atrás, a política parecia em uma situação um pouco mais folgada.
A resposta da campanha democrata é que se sabia que a corrida seria suada e que haverá idas e vindas até 8 de novembro.
Hillary, contudo, deve se preocupar. A taxa de desconfiança sobre seu adversário republicano se mantém constante, apesar da saraivada de mentiras que o populista bilionário dispara e do escrutínio sobre suas práticas empresariais. De certa maneira, o país está acostumado com Trump e parece tolerá-lo mais do que se imagina, em parte, por fadiga com políticos profissionais como a esposa de Bill Clinton. 
Outro ponto preocupante na pesquisa da CBS e New York Times é que a candidata democrata perdeu pontos em categorias como competência e experiência, que são os trunfos que, até agora, serviram para compensar a reputação de falta de integridade.

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