Pesquisa mostra posição desastrosa da economia brasileira no cenário global

  • Por Jovem Pan - Nova Iorque
  • 15/01/2016 13h04
USP Images Economia

É o óbvio ululante dizer que as perspectivas econômicas brasileiras são sombrias em 2016. Mas é simplesmente desolador ver os dados de uma pesquisa global com economistas feitas pela agência Bloomberg. Nem vamos comparar o Brasil de 2016 com o Brasil de 2015. Vamos comparar o que nos reserva o Brasil neste ano com o resto do mundo.

Pois bem, esta pesquisa engloba 93 países. E sabem qual é o único consolo do Brasil neste listão com quase 100 países? A lanterninha fica com a Venezuela, país que além de tudo vive o cenário de um confronto de proporções incalculáveis entre o chavismo e a oposição que agora controla a Assembleia Nacional com a vitória nas eleições de dezembro.

Primeiro, vamos dar o nome do campeão de bom desempenho nas projeções de 2016. A Índia, com crescimento de 7, 4 por cento. Agora a parte que nos toca. Pelas projeções da Blooomberg, a contração na Venezuela será de 3,3% em 2016. Aí vem o nosso Brasil na marcha a ré: 2,5%.

Imaginem estamos piores do que a Grécia, assolada por dívidas monstruosas, e a Rússia, desolada com a queda vertiginosa dos preços do petróleo e de outras commodities.

Impressiona que neste clube da recessão, com alguns sócios beirando a depressão, a Ucrânia em guerra civil tenha se safado. Em princípio, o país envolto no desafio dos separatistas pró-russos deve crescer 1,2%. No ano passado, a Ucrânia teve um dos piores desempenhos globais na economia.

Mas vamos ficar perto de casa. Claro que a Venezuela além do desgoverno chavista sofre com a espetacular queda dos preços do petróleo, que representa 95% de suas exportações. A Bloomberg lembra que duas das grandes agências mundiais de classificação de crédito já rebaixaram o Brasil para o chamado status-lixo.

Ali do lado, na Argentina, existe menos lixo político com o governo de Mauricio Macri. O estudo da Bloomberg ressalta que o novo presidente esta conduzindo o país para uma nova direção para escapar da catástrofe econômica e impedir a recessão em 2016.

É isso aí com o buraco brasileiro, já seria de bom tamanho o país ser promovido a uma Argentina.

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