Pesquisas de intenção de voto deixam petistas mais otimistas

  • Por Jovem Pan
  • 04/09/2014 11h15
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Reinaldo, então as pesquisas Ibope e Datafolha deixaram os petistas mais otimistas?

Tanto a pesquisa Datafolha como a pesquisa Ibope vão dar ânimo aos petistas, embora, segundo os dois institutos, se a eleição fosse hoje, Marina Silva (PSB) ainda se elegesse presidente da República. Em uma semana, houve uma movimentação relevante pró-Dilma nos dois institutos. O tucano Aécio Neves segue numa situação difícil em ambos. Vamos ver. Comecemos pelo Ibope.

Segundo o instituto, Dilma Rousseff cresceu três pontos e tem agora 37% das intenções de voto, contra 33% de Marina, que cresceu quatro. Nesse levantamento, Aécio caiu de 19% para 15%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TSE sob o número 514/2014.

Os números se mexeram também no segundo turno: caiu a diferença entre Marina e Dilma. Há uma semana, era de nove pontos e agora está sem sete: a peessebista tinha 45%, e a petista, 36%. Agora, a primeira oscilou um ponto para cima e soma 46%, e a outra cresceu 3 e aparece com 39%.

Há outro dado que pode animar os petistas na pesquisa Ibope. A taxa de ótimo e bom do governo variou de 34% para 36% em uma semana; os que acham a administração ruim ou péssima oscilaram de 27% para 26%, e os que a veem como regular variaram de 36% para 37%. De julho para cá, a aprovação do governo cresceu cinco pontos (de 31% para 36%) e a reprovação caiu sete (de 33% para 26%).

A melhor de todas as notícias do Ibope, para Dilma, no entanto, está mesmo nos números da rejeição: em uma semana, esta teria caído cinco pontos: de 36% para 31%. O Ibope ouviu 2.506 pessoas em 175 municípios.

A pesquisa do Datafolha tem uma base bem mais ampla do que a do Ibope, está registrada do TSE sob o número 517/2014 e ouviu 10.054 indivíduos em 361 municípios. Os números são um pouco diferentes, mas as duas pesquisas apontam num mesmo sentido. Nesse caso, a diferença entre Dilma e Marina no primeiro turno é de apenas 1 ponto, com a candidata do PT numericamente à frente: 35% a 34% ― há uma semana, ambas tinham 34%. A margem de erro também é de dois pontos para mais ou para menos. Nesse levantamento, Aécio oscilou de 15% para 14%.

Há uma semana, no Datafolha, a diferença de Marina para Dilma no segundo turno era de 10 pontos; agora, está em 7, embora as duas tenham variado na margem de erro. Ocorre que Marina oscilou dois pontos para baixo, e Dilma, um ponto para cima. Se essa disputa fosse travada hoje, Marina venceria por 48% a 41%; há uma semana, por 50% a 40%.

O Datafolha também investigou a aprovação do governo Dilma. A situação é de estabilidade. Eleitores que julgam o governo bom ou ótimo passaram de 35% para 36%. A avaliação regular oscilou de 39% para 38%. A soma de ruim e péssimo recuou de 26% para 24%

A eleição ainda está muito longe, e o PT tem uma máquina poderosa, que agora está mobilizada contra Marina. Por razões óbvias, ela passou a ser alvo também das críticas de Aécio. Nesta primeira semana de embates explícitos, a única beneficiária, tudo indica, foi Dilma.

Marina está nove pontos à frente de Dilma no Sudeste, a região do país com o maior número de eleitores: 37% a 28%, mas a vantagem de Dilma é grande na segunda maior região, o Nordeste: 48% a 33%. A petista também lidera na Norte: 38% a 32%. No Sul e no Centro Oeste, há empate técnico, mas a candidata do PT aparece com percentuais maiores: 34% a 30% e 33% a 30%, respectivamente.

Atenção. Ter uma estrutura partidária faz grande diferença nessa fase. Os petistas ainda não têm motivos para estar eufóricos, mas podem se mostrar mais otimistas hoje do que estavam ontem.

 

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