Petrobras, Eletrobras, e a lista apenas cresce
Nêumanne, se os investidores americanos cumprirem a promessa de processar a Eletrobras, isso muda aguma coisa em relação à crise brasileira?
Americanos que compraram ações da Eletrobras na bolsa de Nova York anunciaram que vão à justiça nos Estados Unidos para reclamar a devolução das perdas sofridas depois do envolvimento da estatal nas investigações da operação Lava Jato.
Philip Kim, representante da The Rules In Law Firm, escritório americano de advocacia que defendem direitos de investidores disse que essa ação vai ser movida em breve. Eu já falei várias vezes aqui para vocês dos alertas que tem sido dado pelo doutor Modesto Carvalhosa, que é o maior especialista no Brasil em combate à corrupção no Direito.
Ele já informou que o Brasil, como os Estados Unidos, é signatário do pacto anti corrupção. Ou seja, todos os países que assinarem esse pacto se submetem a possibilidade da justiça de outro país processar corruptos daquele país, desde que o país de origem desses corruptos não os condene de acordo com as regras internacionalmente reconhecidas.
Por essa regras, por exemplo, o Brasil foi obrigado a mudar o código penal e incluir o crime de tráfico de influência em transação internacional pelo qual está sendo investigado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas vamos voltar a questão toda…
Acontece que a Eletrobras tem papeis na Bolsa de Nova York e está submetida a esse pacto de corrupção e em abril anunciou que não publicaria seu balanço nos Estados Unidos devido ao envolvimento no Lava Jato. Depois dessa notícia, os recibos de ações, chamados BDRs, caíram 8,24% e chegaram a 2,45 dólares por ação.
E o escritório diz que seus clientes pretendem reaver essas perdas desde que estejam interessados em abrir o processo. Com isso, fica claro uma coisa muito óbvia mas que parece que tem muita gente que tá querendo evitar, que é o seguinte: não é um escândalo da Petrobras.
Não é um roubo na Petrobras, é uma forma que os governos petistas de Lula e Dilma acharam de assaltar o Tesouro, o nosso dinheiro, utilizando um propinoduto nos grandes contratos de obras das grandes estatais: a Petrobras e a Eletrobras, e outras. A Eletrobras é apenas a segunda de uma lista que ainda vai crescer.
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