Pingo Final: Bobagem das grossas: PT pede impugnação da candidatura de Doria

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 22/08/2016 11h49
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Imagem do candidato tucano tomando um café com leite viralizou nas redes sociais

Reprodução/Twitter Imagem do candidato tucano João Doria Junior tomando um café com leite viralizou nas redes sociais

Deve haver tucanos infiltrados na campanha do prefeito Fernando Haddad (PT) à reeleição. Só isso explica o esdrúxulo pedido feito pelo partido para impugnar a candidatura de João Doria, do PSDB, segundo informa o Painel, da Folha.

Qual é o argumento do PT? Em representação encaminhada à Justiça Eleitoral, o partido alega que o adversário não se afastou do comando de suas empresas. Esse afastamento seria necessário em razão do suposto poder do Lide, que é uma organização privada, que reúne empresários e tem Doria como a sua face mais conhecida.

No documento encaminhado à Justiça Eleitoral, o PT pede que o tucano explique como recebeu seus dividendos. Como Doria declarou que pretende financiar parte da campanha com recursos próprios, a representação do PT infere, na verdade, que isso seria uma maneira de lavar doações de empresas privadas, ora vetadas pela legislação.

O que dizer? O PT certamente sabe que isso não vai dar em nada. Em vez de prejudicar a campanha do tucano, tende, quero crer, a ajudar porque não há como a Justiça Eleitoral atender a seu pleito.

Candidatos não são obrigados a abrir mão de suas funções na iniciativa privada para se candidatar. O Lide não tem caráter sindical nem é instituição pública. Para arrematar: foi a estúpida proibição da doação de empresas privadas a campanhas — patrocinada pela OAB, pelo PT e pelo ministro Roberto Barroso — que levou ao atual estado de coisas: permitem-se as doações de pessoas físicas, e os candidatos podem recorrer a seu caixa pessoal.

Exigir que Doria comprove a origem do dinheiro que ainda nem usou em campanha é só um despropósito. Não sei se o objetivo dos ditos companheiros é criar áreas de suspeição na campanha do adversário. Uma coisa é certa: quando a Justiça Eleitoral lhes disser “não”, Doria estará cravando um tento.

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