Pingo Final: Cunhaaa… Tchau, querido!

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 12/09/2016 14h26
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, na abertura do Ano Legislativo, no Congresso Nacional (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias / Agência Brasil Dilma Rousseff e Eduardo Cunha

O deputado do PMDB do Rio, salvo alguma manobra de última hora – e não há nenhuma possível até onde a vista alcança –, deve ter seu mandato cassado nesta segunda-feira, tornando-se inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Infelizmente para ele, aquela maracutaia, liderada por Ricardo Lewandowski, que beneficiou Dilma, não poderá ser usada em seu favor.

Ah, nem tudo foram espinhos para o Brasil na gestão de Eduardo Cunha. Ainda que o país tenha descoberto coisas do arco da velha envolvendo a sua vida; ainda que as suas aventuras nos subterrâneos da política, onde passam os canos de esgoto, fossem muito mais numerosas do que se poderia supor; ainda que sua moral heterodoxa fosse mais desassombrada do que qualquer aposta, é claro que os brasileiros lhe podem ser um tantinho gratos ao menos: ele ajudou, sim, a população a se livrar de Dilma Rousseff.

Com um presidente da Câmara alinhado com a então mandatária, é bem provável que nenhuma denúncia em favor do impeachment prosperasse. Afinal, o ato inaugural cabe mesmo ao chefe da Casa. Mas é evidente que isso não fez de Cunha o principal responsável pela deposição da petista. Vamos ser claros? A única culpada é ela própria. E não apenas porque cometeu crime de responsabilidade, mas também porque não conseguiu ter a seu favor míseros um terço da Câmara e um terço do Senado.

Ainda assim, que fique registrado o papel de Cunha. Imaginem em que pindaíba estaria agora o país com a senhora Dilma Rousseff no comando, especialmente porque ela vive um novo surto de esquerdopatia. Vai saber do que seria capaz. Mas esse bem que o peemedebista fez ao Brasil não pode nos levar a condescender com seus métodos.

Que bom que ele não se foi cedo demais e deu tempo de o Brasil apear Dilma do poder. Mas agora já se faz tarde.

Tchau, querido!

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