Pingo Final: Lançamento do livro “Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade”
Livro "Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade" (Editora Record)
Livro "Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade" (Editora Record)Meu pingo final, hoje, ouvintes, é um convite irrecusável a fazer aos que apreciam o texto e o jornalismo de excelência: comparecer nesta segunda à Livraria Cultura, da Paulista, para o lançamento de “Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade” (Editora Record), o livro que narra a trajetória de um dos maiores jornalistas políticos do país: Carlos Castello Branco, o Castelinho, que morreu em 1993, aos 73 anos. Quem se ocupa da tarefa é também o jornalista Carlos Marchi, outro que sabe tratar uma narrativa tendo a língua portuguesa como sua inevitável aliada.
Castelinho, nascido em Teresina e mineiro de formação, começou a carreira em Belo Horizonte e depois se transferiu para o Rio de Janeiro. Mudou-se para Brasília em 1961, arrastado por José Aparecido de Oliveira, para ser porta-voz de Jânio Quadros, cargo que o obrigou a deixar todos os jornais para os quais trabalhava. Depois da renúncia, migrou para o JB e lá ficou até o fim.
O jornalista que tinha um apreço quase opressivo pelos fatos pertencia, originalmente, ao grupo que gostava mesmo de ficção: a “Turma de Minas”, que reunia Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino. Castelinho queria ser romancista, ensaiou algumas coisas no terreno da imaginação, mas talvez estivesse preso demais às circunstâncias terrenas. E delas tratou com maestria, driblando duas ditaduras, a do Estado Novo e a militar. Chegou à Academia Brasileira de Letras. E foi a sua crônica política que o conduziu até lá.
Sabemos, hoje, ouvintes, o que é falar e escrever num regime de plenas liberdades. Castelinho foi mestre quando era preciso sugerir, dar a entender, aludir. E ele o fazia, leiam o livro, sem perder a objetividade e sem se deixar levar pela paixão, embora, claro!, as tivesse. Era, por formação e convicção, um liberal. O trabalho que o levou à Academia também o levou algumas vezes à cadeia.
Espero vocês hoje na Livraria Cultura, a partir das 19h, vale a pena!
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