Pingo Final: Lançamento do livro “Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade”

  • Por Jovem Pan
  • 06/04/2015 11h04
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Livro "Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade" (Editora Record) Divulgação Livro "Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade" (Editora Record)

Meu pingo final, hoje, ouvintes, é um convite irrecusável a fazer aos que apreciam o texto e o jornalismo de excelência: comparecer nesta segunda à Livraria Cultura, da Paulista, para o lançamento de “Todo Aquele Imenso Mar de Liberdade” (Editora Record), o livro que narra a trajetória de um dos maiores jornalistas políticos do país: Carlos Castello Branco, o Castelinho, que morreu em 1993, aos 73 anos. Quem se ocupa da tarefa é também o jornalista Carlos Marchi, outro que sabe tratar uma narrativa tendo a língua portuguesa como sua inevitável aliada.

Castelinho, nascido em Teresina e mineiro de formação, começou a carreira em Belo Horizonte e depois se transferiu para o Rio de Janeiro. Mudou-se para Brasília em 1961, arrastado por José Aparecido de Oliveira, para ser porta-voz de Jânio Quadros, cargo que o obrigou a deixar todos os jornais para os quais trabalhava. Depois da renúncia, migrou para o JB e lá ficou até o fim.

O jornalista que tinha um apreço quase opressivo pelos fatos pertencia, originalmente, ao grupo que gostava mesmo de ficção: a “Turma de Minas”, que reunia Otto Lara Resende, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e Hélio Pellegrino. Castelinho queria ser romancista, ensaiou algumas coisas no terreno da imaginação, mas talvez estivesse preso demais às circunstâncias terrenas. E delas tratou com maestria, driblando duas ditaduras, a do Estado Novo e a militar. Chegou à Academia Brasileira de Letras. E foi a sua crônica política que o conduziu até lá.

Sabemos, hoje, ouvintes, o que é falar e escrever num regime de plenas liberdades. Castelinho foi mestre quando era preciso sugerir, dar a entender, aludir. E ele o fazia, leiam o livro, sem perder a objetividade e sem se deixar levar pela paixão, embora, claro!, as tivesse. Era, por formação e convicção, um liberal. O trabalho que o levou à Academia também o levou algumas vezes à cadeia.

Espero vocês hoje na Livraria Cultura, a partir das 19h, vale a pena!

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