Pingo Final: Não há lugar pra truculentos entre os pró-impeachment

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 18/03/2016 13h02
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Agência Brasil Acompanhe Alexandre de Moraes ao vivo no Pânico

Lamentáveis as cenas de selvageria protagonizadas por alguns indivíduos que estavam na Avenida Paulista nesta quinta, supostamente em defesa do impeachment da presidente Dilma. Hostilizaram o secretário de Segurança Pública, Alexandre Moraes, que faz um trabalho competente em São Paulo. Garantiu, por exemplo, junto com o Comando da PM, um policiamento exemplar no domingo.

Moraes foi ao local fazer a coisa certa: tentar negociar a saída dos manifestantes, que não podem mesmo ficar ocupando a via indefinidamente. ATENÇÃO! EU SOU CONTRA A QUE PETISTAS E NÃO PETISTAS FAÇAM ISSO. A Paulista não é o gramado do Congresso.

Ninguém tem o direito de privatizar o espaço público, nem em nome de uma causa justa.

Mais: o secretário lembrou que, nesta sexta, há a manifestação do PT, marcada previamente. Não importa o juízo de valor que se faça ou a justeza da causa. O que não pode é haver confronto.

Alguns tontos chamaram o secretário de “fascista”, vaiando-o. Outro tentou chutar o carro que o transportava, numa cena que fica muito bem em black blocs. Que eu saiba, entre os defensores do impeachment, não há lugar para “white blocs”. Ou há?

Não é coisa do MBL.

Não é coisa do Vem Pra Rua.

Também um líder do Revoltados Online teve de deixar o local escoltado pela Polícia porque defendeu o fim da ocupação em razão do evento desta sexta.

Igualmente lamentável: duas pessoas identificadas como defensores do governo foram agredidas. É claro que é estúpido que tenham ido lá fazer provocação. E recomendo que o lado contrário não faça o mesmo nesta sexta. Mas a luta que interessa ao Brasil não se dá na base da porrada.

Quando petistas, emessetistas, emeteessetistas fazem coisas assim, eu os chamo de bandidos. E não será diferente desta vez: isso é coisa de bandido! Ousaria dizer que esses caras estão no lugar errado. Os brucutus ficam do outro lado da linha.

Mais prudência
Louvo a adesão da Fiesp e de seu presidente, Paulo Skaf, à tese do impeachment. Mas, ao criar um espaço para manifestação, é preciso zelar pela salubridade da pregação. Nunca é o caso de se dar palco para porras-loucas. Menos ainda em dias como esses.

Infelizmente, há pregadores irresponsáveis, que, na ânsia de um protagonismo desarticulado, desinformado e sem substância, incentivam esse tipo de comportamento. Um dos grandes ativos das quatro grandes manifestações havidas em favor do impeachment é seu caráter pacífico. É possível ser firme sem ser truculento. Aliás, a truculência é uma das evidências de fraqueza de caráter. Não são os trogloditas que levam milhões para as ruas.

Se você quer mesmo o impeachment de Dilma; se você quer mesmo tirar do estado brasileiro a quadrilha que dele se apoderou; se você quer ver os bandidos na cadeia, fique longe da provocação. O confronto de rua interessa a quem quer o impeachment?

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