Pingo Final: Novas eleições: será que o Congresso é formado por 594 raparigas de Lula?

  • Por Reinaldo Azevedo/Jovem Pan
  • 06/04/2016 10h56
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr - 01/01/2011 Temer

Dilma Rousseff, o Planalto, a sem-vergonhice da distribuição aberta de cargos no lupanar político de quarto de hotel gerenciado por Lula, as ameaças terroristas… Tudo isso está sendo derrotado.

Os defensores do impeachment somam hoje mais de 350 deputados. E os petistas sabem disso. Então dona Dilma Rousseff vem com a conversa de fazer eleições gerais. Tese: se o PT não pode continuar no poder em razão de seus crimes, então que todos saiam.

Isso, sim, é uma tentativa vagabunda de golpe. Isso, sim, é não aceitar o resultado.

Dilma já levou para dentro do Palácio do Planalto um sujeito que fez discurso terrorista.

O ministro da Justiça, o senhor Eugênio Aragão, está justificando abertamente a violência dos defensores de Dilma. Ele chama de “Lei de Newton”.

José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, vai ao Congresso e diz que uma solução constitucional, que seria o mandato de Temer, é golpe e é ilegítimo.

Se é assim, está no mesmo paradigma de Aragão: ora, o que se fizer contra um golpe e contra a legitimidade, então legitimado está.

O governo recorreu a todas as práticas lícitas e ilícitas, morais e imorais, éticas e antiéticas, para tentar barrar o impeachment. E, no entanto, até agora não conseguiu.

Então Dilma vem com sua solução mágica, certamente costurada com PT e Lula: “Ou todos saem, ou nós não saímos”. Mas esperem. Essa fórmula tem de comportar, como diria Aragão, a Lei de Newton à moda petista: se o impeachment for aprovado e se Dilma diz que não sai, acontece o quê?

A resistência teria de ser feita de arma na mão, suponho, dentro do Palácio e nas ruas. Nesse caso, parece-me que os Poderes legais e constituídos dispõem de instrumentos para coibir esse tipo de violência e para responsabilizar política e criminalmente aqueles que se negam a se subordinar à ordem democrática.

Eis aí: chegamos ao ponto em que o PT está sendo obrigado a dizer se aderiu à ordem democrática ou não. E, como se vê, não aderiu porque deixa claro que acata apenas um resultado no Congresso: a vitória. Diante da chance de derrota, eles nos ameaçam com a luta armada ou com a bagunça, que adviria agora de eleições gerais.

Eleições gerais que teriam, de cara, de fechar também o Supremo, já que os suplentes do Congresso, por exemplo, têm direito à sua vaga caso os titulares renunciem e recorreriam à Corte, que, seria obrigada a reconhecer o seu direito.

Eu sei quais crimes Dilma cometeu para sair. Mas e os crimes dos deputados e senadores? Os cometidos pelos investigados estão claros no mais das vezes. E os dos demais?

É nisso que dá
É nisso que dá ficar flertando com feitiçarias que desrespeitam a Constituição e o que está pactuado pelas forças democráticas: sempre vai aparecer um feiticeiro mais criativo.

Fiz nesta manhã uma piada aqui no blog: “Ah, então vamos fazer o Congresso renunciar também…”. E eis que a piada vira coisa séria.

Não! Dilma tem de ser impichada, Temer tem de ser empossado, e a ordem democrática tem de ser mantida.

Não somos um país formado de raparigas de Lula.

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