Pizzolato “prefere morrer” a cumprir pena no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 05/05/2015 19h40
19/08/2005. Brasília. Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, durante depoimento na CPI dos Correios no Senado José Cruz/ Agência Brasil Henrique Pizzolato

Pergunta: Você ficou muito comovido com a declaração de Henrique Pizzolato, de que ele prefere morrer a cumprir a pena dele no Brasil?

Resposta: Eu não desejo a morte de ninguém, mesmo do pior bandido, e não serei eu que vou desejar a morte de Pizzolato, apesar de ele ter sido condenado por corrupção, ter usado dinheiro meu pra ficar rico sem minha autorização e de ter feito o jogo sujo que o partido dele, o PT, impôs naquele caso famoso do mensalão.

Agora ele acaba de dizer ao senador italiano, Carlo Giovanardi, numa reunião com ele e com Alessandro Siveli, que é advogado dele, que ele prefere morrer a cumprir a pena no Brasil, por causa das péssimas condições das prisões brasileiras. Por causa disso, o senador pediu o Ministro da Justiça na Itália que revogue a decisão de extraditar o acusado na ação penal 470.

Segundo Giovanardi, a medida coloca em risco a vida de Pizzolato, que se colocou à disposição para cumprir a pena na Itália, mesmo com legítimo pedido de revisão do processo em que foi envolvido no Brasil.

Em primeiro lugar, a decisão de se matar para não cumprir pena, desculpe, é uma decisão dele, pessoal, nós não temos nada com isso.

Ele que sabe o que faz da vida dele. Segundo Albert Cami, o suicídio é a única questão filosófica importante. Em segundo lugar, ele podia ter pensado na cadeia como uma forma de evitar fazer o que ele fez: pegar dinheiro público e colocar parte no bolso e parte no bolso de deputados comprados para apoiar a base do governo.

E eu tô falando isso por que o Supremo Tribunal Federal já decidiu sobre isso há muito tempo. Aliás, o Sr. Pizzolato é um bandido importante. Por que ele roubou da Visanet para corromper, depois foi condenado e fugiu, confessando sua pena, e depois apelou, e a justiça italiana reconheceu o seu crime, reconheceu que ele teve todo o direito de defesa apesar de tudo o que o PT diz, e o Ministro Orlandi resolveu aceitar o pedido de extradição do Brasil por que, mesmo ele sendo um cidadão italiano, ele tá usando isso como subterfúgio para fugir a cadeia.

Em relação à condição das prisões no Brasil, nós estamos há doze anos em um governo petista, partido ao qual ele serviu, e não há notícia de que tenha melhorado condição nenhuma de prisão. Então, ele podia talvez exigir isso do governo dele: que melhorasse as condições de prisão. Agora, se ele vai se matar ou não, problema dele.

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