A polêmica da biografia de Roberto Carlos

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Pergunta: Afinal de contas, a vitória da verdade sobre a mentira no Supremo Tribunal Federal deu com os burros na água, pois a biografia que Paulo César Araújo fez do Roberto Carlos não vai mais ser posta em circulação?

Resposta: O que aconteceu na quarta-feira foi uma sessão história do supremo, na qual os 9 juízes com direito a voto acabaram com a censura prévia permitida pela interpretação capciosa de juízes, dos artigos 20 e 21 do código civil, que obrigavam todos os autores de biografias a conseguir autorização. com essa grande vitória, advogados do Roberto Carlos passaram a agir com uma “chicana”, digamos assim.

Lembrando que foi feito um acordo judicial entre a Planeta, o Paulo César de Araújo, que é o biógrafo, e o cantor, o ídolo, o rei da juventude, para que o livro não circulasse. É, de fato, absurdo que na ordem jurídica se permita isso.

Uma chantagem – afinal de contas esse pacto foi conseguido com chantagem – superar uma decisão histórica a favor da liberdade tomada pelo Supremo.

De qualquer maneira, foi achada uma solução que não dá mais opções para ficar procurando no passado formas de encontrar soluções jurídicas para proibir que o público conheça a vida de roberto Carlos, pois, Paulo César de Araújo acaba de acertar com a Recorde que, em 2016, vai escrever nova biografia de Roberto Carlos.

Eu li a biografia que Roberto Carlos tenta desesperadamente proibir, e não vi nada de especial contra o cantor. Ao contrário, Paulo César de Araújo é um fã confesso e muitos deixaram de “sê-lo” depois de saber das iniciativas censórias do grande cantor.

Desta vez, o anúncio, uma semana depois de o Supremo ter liberado a publicação de biografias não autorizadas no país, é um anúncio a favor da luz, da verdade, e, como disse Carlos Andreaza, responsável pela ficção nacional e pela não ficção da Editora Recorde, Paulo César, o biógrafo, é quem vai decidir como será o livro, mas será um livro novo, uma biografia de Roberto Carlos atualizada com toda essa experiência traumática que o autor teve com seu ídolo ao longo da luta para liberar seu direito de escrever a vida de outra pessoa sem que tenha, necessariamente, autorização dela, o que é uma atitude censória.