Políticos tentam sobreviver e arma-se o cenário para golpe do financiamento

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2017 08h10
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Pedro França/Agência Senado Advogado de Dilma e ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo - ASENADO

Admitir o Caixa Dois como prática geral e irrestrita, que engole todos os políticos e partidos relevantes, não é mera confissão de culpa. Veremos, doravante, muitos encontros de Lula com líderes adversários. FHC já embarcou – já se deixou capturar – na narrativa. Logo será Aécio Neves, que não tem mesmo muita alternativa. Michel Temer também conversará. Em pauta, não a sobrevivência da atividade política, mas a deles próprios, indivíduos, em busca de uma saída para que tudo possa permanecer na mesma.

Quando alguém como José Eduardo Cardozo, o petista, ex-ministro da Justiça, clama pela mudança do sistema político brasileiro, não tenha dúvida, ouvinte: ele não milita por algo melhor.

Se Caixa 1 pode ser propina, se Caixa 2 é o que é, qual a solução? 2018 vem aí… Atenção. Está-se armando o cenário para o golpe do financiamento público de campanha. O sonho do PT. Sonho que os petistas não ousaram realizar quando governo, mas que agora lhes pode cair no colo. A brecha é boa.

Anote aí, ouvinte. Chegará o dia em que sentiremos falta do financiamento privado, empresarial, de campanhas eleitorais.

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