Popularidade de Dilma está atingindo níveis mais do que preocupantes

  • Por Jovem Pan
  • 22/06/2015 18h18
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EFE Dilma Rousseff

Pergunta: A Dilma não deveria estar mais preocupada do que parece com a queda vertiginosa, que continua, de sua popularidade?

Resposta: Na coluna Radar da revista Veja, Lauro Jardim conta que, numa reunião de Dilma com os líderes, o líder do governo na câmara, o deputado Zé Guimarães, do PT do Ceará, diz que a presidente não deveria adotar determinada medida, por que isso ia afetar sua popularidade.

Segundo o colunista, a resposta da Dilma foi naquele estilo bruto de sempre: a popularidade é minha, eu faço o que eu quiser, e você não tem nada com isso. O certo é que não interessa se a medida vai afetar ou não a impopularidade dela e, se a popularidade dela pertence ao partido, a ela, ao Lula ou ao próprio Zé Guimarães, né.

O que importa é que a popularidade dela está atingindo níveis mais do que preocupantes. Segundo o Datafolha, publicado nesta semana na Folha de S. Paulo e nos jornais também, ela atingiu o mais alto índice de ruim e péssimo desde a fase pré Impeachment do Collor.

O Collor chegou a 68, ela já está em 65. E está a um passo, um dígito, na sua alta popularidade de bom e ótimo. Está a 10%. No sudeste, região mais populosa do país, isso chega a 7%, confirmando uma profecia que já foi feita na pesquisa anterior.

Em consequência dessa destruição da imagem dela, a mesma pesquisa da Datafolha chegou a conclusão de que Aécio Neves chega a 35 pontos percentuais na preferência do povo aos candidatos à presidência, dez pontos acima de Lula, mostrando, claramente, o que parece obvio: que não é só a Dilma que está sofrendo com a impopularidade, mas também aquele que a criou, que pensa que está acima do bem e do mal e que o próprio partido também acha isso.

Está provado que não está acima do bem e do mal. Se Lula está dez pontos atrás do Aécio a três anos e meio da eleição, diante da perspectiva de que a situação econômica vai de mal a pior e não há nenhuma notícia positiva para a Dilma dar nos próximos dois anos, a coisa está mesmo brava. Quer dizer, parece que a vaca está tossindo, não é verdade?

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