Por que anda tão baixa a popularidade do prefeito Fernando Haddad?

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2014 16h54

Fernando Haddad (camisa azul) sobe em carro de som e conversa com manifestantes durante protesto do MTST no dia 26/03

Marcelo Camargo/Futura Press/Folhapress Fernando Haddad sobe em carro de som durante protesto do MTST

Nêumanne, por que é que anda tão baixa a popularidade do prefeito Fernando Haddad?

Há um mês, em junho, o Datafolha constatou que o Haddad tinha melhorado um pouquinho a sua popularidade, pois o índice de “ruim e péssimo” caiu de 40%, em junho do ano passado, para 36%, um ano depois. Um mês depois, agora em julho, subiu para 47%, batendo os 40% da época das manifestações e os dois mais impopulares prefeitos da história – Jânio Quadros, teve 66%, e Pita, 54%, vamos convir que faltam aí 7 pontinhos para o Haddad ultrapassar Celso Pitta.

A impopularidade de Haddad cresceu em diferentes idades, níveis de renda, escolaridade… É uma unânimidade paulistana, mas o seu criador, aquele de quem ele foi o poste na eleição, Luís Inácio Lula da Silva disse e foi registrado pela Folha de S. Paulo o seguinte: “Eu às vezes estou no carro e xingo ele. Fico vendo a faixa vazia e xingo. Posso xingar porque estou dentro do carro, agora, quem está dentro do ônibus, quem está ganhando 40 minutos por dia para chegar em casa, não está defendendo ele. Precisamos explicar para a população o que está acontecendo”.

Eu acho que precisamos explicar pro Lula o que está acontecendo. Em primeiro lugar, o prefeito Fernando Haddad tentou aumentar de forma escoachante o IPTU, não melhorou muito a popularidade dele; na Copa, São Paulo recebeu cerca de 500 mil turistas e a prefeitura foi bastante mal falada na Vila Madalena, que virou uma zorra; e o Haddad subiu em carro de som para estimular os sem-teto de Guilherme Boulos prometendo mundos e fundos pra ele.

Não era pra ninguém estar contente com ele, nem mesmo o próprio Lula. Na verdade, alguém tem que explicar pro Lula que o pobre que não está defendendo o Fernando Haddad e está se juntando ao rico deve lá ter os seus motivos. É melhor ouvir o pobre do que ficar chamando de ingrato, como o serviçal do Lula, Gilberto Carvalho, secretário-geral da presidência da República andou fazendo. Agora, os ingratos não são os que estão de carro, são os pobres de ônibus que não sabem defender seu protetor.

Ah, e o homem tirou férias! Veja que beleza, não é uma boa forma de enfrentar a impopularidade?

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