Por que Sergio Moro é dado como candidato?
Sobre a pesquisa Datafolha divulgada na segunda-feira, é bizarro – escandaloso mesmo – que o instituto, mais uma vez, inclua Sergio Moro entre os potenciais candidatos a presidente em 2018. O juiz nunca manifestou interesse em disputar eleição. Ao contrário: sempre repeliu a ideia.
É bizarro, repito. Mas tem método na inclusão. Ao fazê-lo, o Datafolha novamente – e novamente em momento decisivo – coloca Moro, juiz Federal, na posição de adversário de Lula, como se estivessem no mesmo patamar e não fossem esse o réu e aquele o magistrado responsável por julgá-lo.
Não à toa, na outra ocasião em que o juiz apareceu numa lista de presidenciáveis, faltava pouco para que ambos se encontrassem cara a cara e o ex-presidente, na condição de réu, prestasse depoimento num dos processos conduzidos por Moro.
Agora, quando vem à baila a nova pesquisa, mais uma vez estamos próximos de um importante evento envolvendo os dois: exatamente a divulgação da sentença em que Moro pode condenar Lula.
Tudo tão óbvio quanto metódico.
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