Presidente Dilma recebe más notícias; veja

  • Por Jovem Pan
  • 11/06/2014 12h06
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Reinaldo, Dilma teve duas más notícias nesta terça, é isso?

Sim, o resultado da convenção feita pelo PMDB e da pesquisa feita pelo Ibope. Começo pelo primeiro.

O partido não vai tão dividido às eleições presidenciais desde 2002, quando ocupou o lugar de vice na chapa presidencial do PSDB. O PMDB fechou, sim, nesta terça o apoio à candidatura Dilma e terá, mais uma vez, a vaga de vice, que continuará com Michel Temer. Mas o apoio está longe de ser unânime. A convenção nacional do partido decidiu apoiar a luta de Dilma pela reeleição por 398 votos a favor (59%) contra 275 (41%). Nem os prognósticos mais pessimistas (ou otimistas, a depender do lado em que se esteja) chutavam tão alto. Isso indica que o descontentamento do partido com o governo é gigantesco. Em 2010, o apoio a Dilma contou com a adesão de 84% dos convencionais. Agora de apenas 59%.

A ala contra Dilma teve direito a discurso e chegou a distribuir panfletos. Um dos grupos mais ácidos com o petismo era o do PMDB do Rio. Não por acaso. Lindbergh Farias, candidato petista ao governo do Estado, ancora sua campanha nas críticas ao governo Sérgio Cabral, de que Luiz Fernando Pezão, o governador que concorre pelo PMDB, é herdeiro.

Até o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que concorre ao governo do Rio Grande do Norte, reclamou da falta de solidariedade dos petistas em seu estado.

A outra má notícia é a pesquisa Ibope. Se a eleição fosse hoje, segundo o instituto, a petista teria 38% das intenções de voto, oscilando dois pontos para baixo em relação à pesquisa de maio, que tem três semanas. Já Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB, oscilaram dois pontos para cima: o tucano aparece com 22%, e o peessebista, com 13%. O Pastor Everaldo, do PSC, surge com 3%.

Os números não são bons para Dilma, especialmente os do segundo turno. Se a eleição fosse hoje, a presidente teria 42% dos votos, contra 33% de Aécio ― só nove pontos os separam. Numa polarização dessa natureza, esses nove valem 4,5 pontos. No Datafolha, com números bastante distintos, a diferença é de oito pontos: 46% a 38%. Curiosidade: há menos de um mês, no próprio Ibope, Dilma tinha 43%, e Aécio, 24%. Uma diferença de 19 pontos foi reduzida a 9 em três semanas. Também contra Campos, a diferença caiu bastante: de 42% a 22% para 41% a 30%. 20 pontos viraram 11.

Mais uma vez os boatos de que a pesquisa viria com números ruins para Dilma animaram bastante o mercado. Desde a volta das eleições diretas, em 1989, é a primeira vez que o mercado põe um preço negativo na continuidade do governo. Curiosa essa gestão Dilma, é a possibilidade de ela se reeleger que gera incertezas. É um portento.

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