Presidente, a senhora precisa presidir, trabalhar
É assustadora a sensação de omissão da presidente Dilma diante do grave momento do país.
A presidente ou escolheu viver no mundo da fantasia ou está perdida. Seja qual for a resposta, trata-se de uma ausência institucional perigosa, temerária.
Se era compreensível, até explicável, a instabilidade da economia no período eleitoral. Mas e agora?
A indefinição eleitoral já não existe. O atual governo está em vigor, iniciado em 1° de janeiro de 2011 para um dos piores períodos de crescimento econômico da história do país, termina em 31 de dezembro.
Mas é fato que já estamos no segundo mandato porque a re-eleição é uma continuidade.
Mas continuidade do quê?
O que se vê é a manutenção de uma instabilidade econômica severa motivada pela completa inação do governo ou por ações equivocadas da atual equipe econômica que, não bastasse a contabilidade criativa, diga-se mentirosa, pra fazer superávit, agora pretende por em risco a sagrada lei da responsabilidade fiscal por ter gasto mais do que arrecadou. É a lição número 1 de um mau administrador.
Além de uma economia que aguarda definições de qual será a política econômica, o ministro da Fazenda e que vive de uma turbulência infindável desde a re-eleição, a sucessão de escândalos envolvendo a Petrobrás não pára e a presidente se limita a dizer que o “país será outro”.
A.presidente que depois de se re-eleger, tirou férias, viajou com muita antecipação para a reunião do G 20 e, somente depois de questionada ante os escândalos, saiu-se com essa frase que diz nada porque, excelência, o Brasil já e outro.
Presidente, a senhora precisa presidir. Presidir, no seu caso, é trabalhar.
Trabalhar, no seu caso, significa instruir, governar, determinar, decidir, demitir, intervir, dialogar, se expor, falar com o país sem marketeiro e, por fim, fazer mea culpa.
Afinal, presidente, a Petrobrás já sofria com os escândalos desde muito antes da sua re-eleição.
O Brasil já era outro desde aquela época.
Faltava a senhora saber.
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