Prisão de Cabral pode respingar no PMDB e em Temer

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2016 09h42
Divulgação/Governo do Estado do Rio Eduardo Paes e Sérgio Cabral

Preso, o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral é acusado de propina em várias obras, estaduais e federais.

Foi citado na delação de ex-executivos da Andrade Gutierrez como tendo recebido R$ 2,7 milhões na obra do Maracanã e em planilha da Odebrecht.

Além disso, o ex-governador teria cobrado propina nas obras do Arco Metropolitano do Rio, de Manguinhos e outras federiais e estaduais.

Além disso, ele é acusado de ter beneficiado a Delta, do amigo, Fernando Cavendish, em várias obras, colocando a empreiteira à frente de obras para as quais ela não tinha capacidade técnica.

Consequências

Sérgio Cabral foi por muito tempo o principal governador do MDB e o Rio de Janeiro era o principal enclave do partido antes de assumir a Presiência

Do PMDB do Rio saíram alguns caciques importantes do partido de Michel Temer, como Eduardo Cunha e o secretário quase-ministro Moreira Franco, que também teve o nome mencionado em delações da Lava Jato e deve aparecer em outras fases da investigação.

Quanto mais a Lava Jato se aproxima do coração de poder do PMDB, mais há risco de que isso respingue em Michel Temer e em aliados muito próximos do presidente.

Pessoas do Planalto e do Congresso demonstram certa inquietação com o que Cabral pode vir a dizer, agora que está preso, e com outros desdobramentos.

Secretários de Cabral também estão presos. Pode sobrar para Pezão, pode sobrar para Eduardo Paes.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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