Prisão de Cunha não tira otimismo governista por aprovação de PEC
A colunista Jovem Pan Vera Magalhães conversou com o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo), assessores do Palácio do Planalto e o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ), na manhã desta sexta-feira (21).
Otimistas, eles dizem que nem feriado nem prisão de Eduardo Cunha (PMDB) vai impedir que o governo aprove em segundo turno na Câmara a PEC que limita os gastos públicos por 20 anos.
Os governistas veem quórum garantido, deputados mobilizados e acreditam que base não vai se abalar com a possibilidade de delação do ex-presidente da Câmara.
Entretanto, em vez de torcerem por um placar superior à votação no primeiro turno, quando 366 deputados aprovaram a PEC, os aliados de Temer já se contentam com um patamar mais humilde e garantem apenas os 308 necessários para que a Proposta de Emenda Constitucional passe de vez pela Câmara e siga para o Senado.
Jantar
Acontece na segunda-feira (24) jantar na residência oficial da Presidência da Câmara, Rodrigo Maia.
Eles querem mostrar descontração, como se não se preocupassem com potencial de eventual delação de Cunha.
O ministro Geddel disse que Cunha demonstrou sua influência no placar de sua cassação.
Delação?
Eduardo Cunha contratou o advogado Marlus Arns de Oliveira, que já intermediou acordos de delação para executivos da Camargo Corrêa e outras empreiteiras.
Vera Magalhães também corrige informação e explica que não houve busca e apreensão na casa de Cunha. A Polícia Federal tinha ordem apenas de entrar na casa do ex-deputado para prendê-lo.
Desta feita, os rascunhos do suposto livro que Cunha estaria escrevendo ainda estão a salvo da força-tarefa da Lava Jato.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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